O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Governo Federal responsável por combater lavagem de dinheiro e corrupção, saiu do comando do Banco Central e voltou ao comando do Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad.
Após a medida ser anunciada, foram apontadas contradições, como quando Haddad teceu duras críticas ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que na época transferiu o Coaf, que era liderado pelo Ministério da Economia, para o Ministério da Justiça, na época liderado pelo ex-juiz e senador eleito Sérgio Moro (União Brasil-PR), e logo depois, se tornou vinculado ao Banco Central.
O atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tinha feito duras críticas à primeira mudança, argumentando que o Coaf não deveria ficar sob “as ordens de um político”, fazendo referência a Moro.
O Coaf não deveria ficar sob as ordens de um político.
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) December 8, 2018
Diante do anúncio da transferência do Coaf, Moro questionou em suas redes sociais. “Qual seria o motivo técnico que levou o novo governo a transferir o Coaf do Banco Central autônomo para o Ministério da Fazenda político?”, indagou Moro.
Quase 5 milhões de visualizações depois, mas ainda sem qualquer resposta. Em fevereiro, após a posse, vamos pedir oficialmente explicações. Quem sabe o Ministério da Fazenda pense em algo até lá? https://t.co/8qVpfIquma
— Sergio Moro (@SF_Moro) January 6, 2023
Posteriormente, Sérgio Moro ainda questionou a ausência da resposta de Haddad e disse que após sua posse, prevista para ocorrer no próximo mês de fevereiro, pedirá explicações oficialmente.
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