A Polícia Civil divulgou nesta quinta-feira (22) as fotos de dois suspeitos do assassinato do ganhador de R$ 47,1 milhões na Mega-Sena, em Hortolândia, interior de São Paulo, que ainda estão foragidos. Marcos Vinicyus Sales de Oliveira e Roberto Jefferson da Silva, considerados os mentores do crime, tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça e estão sendo procurados.
O milionário Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, foi capturado depois de sair para caminhar na manhã do último dia 13 e ficou cerca de 20 horas em poder dos criminosos. Após ser brutalmente espancado para revelar a senha do seu cartão e transferir dinheiro para os criminosos, ele foi abandonado às margens da Rodovia dos Bandeirantes. Socorrido e levado ao hospital por uma ambulância da concessionária, mas não resistiu.
Após o início das investigações, duas pessoas foram presas, mas, passados nove dias do crime, os principais suspeitos não foram localizados. A delegada Juliana Ricci, titular da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) Piracicaba, pediu que qualquer informação sobre os investigados seja fornecida pelo telefone do departamento (19-3421-6169), com garantia de sigilo.
Jonas ganhou na Mega-Sena em 2020, mas continuou vivendo no mesmo bairro, no Jardim Rosolém, em Hortolândia, sem demonstrar preocupação com sua segurança. Segundo a investigação, os suspeitos tinham conhecimento da situação financeira dele e planejaram o sequestro seguido de extorsão.Conforme a polícia, Marcos Vinicyus foi o responsável pelos dois saques de R$ 1 mil e pela transferência no valor de R$ 18,6 mil da conta de Jonas Lucas. O suspeito foi flagrado por câmeras de segurança em uma agência da Caixa Econômica de Campinas, onde realizou as transações. Ele também habilitou um aplicativo de celular para conseguir realizar as movimentações financeiras. O suspeito tem passagens por estelionato e receptação e deixou o sistema penitenciário em setembro de 2021.
Roberto Jefferson, por sua vez, dirigia o Ford Fiesta preto também usado na abordagem ao milionário. Ele não possuía passagens pela polícia. Nenhum dos veículos usados no crime foi localizado.
Outros dois suspeitos estão presos: Rogério de Almeida Spíndola, de 48 anos, e Rebeca Messias Pereira Batista, de 24. O advogado Fábio Costa, que representa Rogério e Rebeca, afirma que seus clientes não tiveram envolvimento com o crime, e que apenas cederam documentos a um dos suspeitos, que está foragido, para a prática de estelionato. Segundo o defensor, tanto Rebeca quanto Rogério estavam em situação de rua e foram atraídos por Roberto Jefferson, conhecido como “Gordo”, para que abrisse contas e tentasse financiamentos a partir dos documentos pessoais deles.
Os dois suspeitos foragidos ainda não possuem advogados de defesa.
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