O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, se manifestou sobre operação da Polícia Federal deflagrada, nesta terça-feira (23), que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a empresários apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
Em uma postagem no Instagram, Hang afirmou que foi tratado como um bandido após publicação de uma “matéria fora de contexto e irresponsável” publicada no site Metrópoles que o colocou como defensor de golpe caso Lula seja eleito.
O empresário publicou ainda um áudio no qual conversa com o jornalista Guilherme Amado, responsável pela matéria, para esclarecer os fatos. Nele, Amado afirma que em nenhum momento Luciano Hang defendeu o golpe e que pode ter havido uma confusão, porque a foto dele apareceu juntamente com a de outros empresários que, de fato, defenderam o golpe.
“Eu nunca falei que você defendeu o golpe. O que eu acho que gerou a confusão foi que a foto principal da matéria tem a sua mensagem junto com as dos outros dois que defendem o golpe”, disse o jornalista Guilherme Amado na gravação.
“Sempre defendi a democracia, a liberdade de expressão e opinião. Estou tranquilo, porque não tenho nada a temer e estou com a verdade ao meu lado. Agora, corro o risco de perder minhas redes mais uma vez. Um absurdo, baseado em uma informação distorcida e falsa”, afirmou o empresário Luciano Hang.
Operação
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou à Polícia Federal, o cumprimento de 23 mandados de busca e apreensão em endereços de oito empresários integrantes de um grupo de rede social de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Os mandados foram cumpridos na manhã desta terça-feira (23).
Segundo o ministro do STF, o grupo de empresários estaria compartilhando em um aplicativo de mensagens, comentários de teor golpista, em conteúdo exposto pelo jornal Metrópolis na última semana, falando em algum tipo de ação, caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições presenciais.
Foram cumpridos mandados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará. Entre os alvos estão Luciano Hang (lojas Havan), José Isaac Peres (rede de shopping Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), André Tissot (Grupo Serra), Meyer Nirgri (Tecnisa), Marco Aurélio Raimundo (Mormai) e Afrânio Barreira (Grupo Coco Bambu).
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