Wanessa Gommes
Reportagem do Metrópoles revelou, nesta quarta-feira (25), que o ex-mendigo Givaldo Alves já foi preso por participação em sequestro, em 2004, tendo sido condenado a 17 anos de prisão. De acordo com as informações, Givaldo cobrou R$ 500,00 para pegar o dinheiro do resgate.
Segundo o portal, Givaldo foi preso em flagrante por volta das 18h30, do dia 1º de julho de 2004 ao pegar o resgate de R$ 3 mil em uma lixeira na Praça do Forró, em São Miguel Paulista. A vítima foi uma mulher de 33 anos, na zona leste de São Paulo.
O ex-morador de rua confessou o crime, horas depois de ser preso e levou os policiais até o cativeiro em Itaquaquecetuba. Contudo, a vítima já havia sido liberada quando os agentes chegaram ao local. Givaldo contou que já tinha ido ao local uma vez e alegou que não teria visto a mulher sequestrada.
Em depoimento à polícia, Givaldo respondeu que estava sem dinheiro e foi convidado por dois homens que não conhecia para “pegar o dinheiro de um sequestro”. Ele receberia R$ 500,00 como pagamento por participar do crime.
Ao longo do processo, a defesa chegou a alegar que o ex-sem-teto apenas estava no local errado na hora errada.
Sequestro e resgate
A vítima de 33 anos, o marido de 34 anos e uma criança de 1 ano e 8 meses estavam saindo de casa para ir ao supermercado por volta das 19h40 do dia 29 de junho de 2004, quando foram abordados por três homens armados.
Consta que os criminosos – não se sabe se Givaldo era um deles – obrigaram a família a entrar na residência localizada na Vila Progresso, levaram a mulher para um quarto e pegaram quatro celulares, um relógio, 400 dólares, R$ 150 e bijuterias.
Em seguida, os homens amarraram o pai e o bebê e saíram com a mãe no carro da família, do modelo Xsara Picasso, em direção ao cativeiro.
Um dos assaltantes seguiu com a mulher para o cativeiro, onde havia outros homens encapuzados. No dia seguinte, os sequestradores ligaram para o marido da vítima e pediram R$ 300 mil.
Contudo, o valor do resgate foi reduzido para R$ 3 mil ao longo das negociações. A mulher acabou sendo liberada pelos criminosos no dia 1º de julho de 2004, 48 horas depois de ter sido sequestrada.
Condenação
No dia 5 de outubro de 2004, Givaldo foi condenado a 15 anos de reclusão em regime fechado, mais dois anos por maus antecedentes e reincidência.
“A versão que deu é infantil, sendo absurdo confundir-se alguém jogando um papel no lixo com alguém que fica andando em volta do local, recolhe dinheiro dali e tenta se evadir. Óbvio que o réu tinha por função o recolhimento do resgate, um gravíssimo crime, por óbvio”, disse o magistrado refutando a alegação da defesa.
Apesar da condenação, Givaldo foi solto no dia 18 de abril de 2013 depois que uma revisão criminal da pena permitiu que ele cumprisse oito anos de prisão.
Flagra de sexo com esposa de personal
Givaldo Alves ficou famoso depois que foi agredido, no dia 9 de março deste ano, pelo personal Eduardo Alves que o flagrou fazendo sexo com a esposa, Sandra Mara Fernandes, dentro de um carro, em Planaltina, no Distrito Federal.
Na ocasião, câmeras de segurança registraram a briga entre eles, e o ex-sem-teto saindo nu do veículo. Givaldo chegou a ser internado por conta das agressões. Sandra também foi internada por 30 dias em uma clínica psiquiatra. Os médicos afirmaram que teve um surto psicótico.
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