O anúncio de início das tratativas para uma parceria entre o Governo de Jair Bolsonaro e o bilionário Elon Musk foi visto por agentes públicos e privados do setor de telecomunicações como um potencial favorecimento ao bilionário estrangeiro. Sem previsão de licitação, o acordo em formulação prevê a prestação do serviço de monitoramento da Amazônia e a oferta de internet em escolas públicas situadas em regiões remotas.
Tudo isso por meio da Starlink, empresa de internet por satélite de Musk. A Starlink recebeu autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em janeiro para operar 4,4 mil satélites de baixa órbita sobre o Brasil.
O bilionário foi convidado pelo próprio ministro para visitar o País. Em entrevista, Bolsonaro disse que há “total interesse” do governo brasileiro em firmar uma parceria. “É o início de um namoro que vai acabar em casamento”, disse o presidente. Bolsonaro, Musk e o ministro das Comunicações, Fábio Faria, estiveram em um hotel de alto luxo no interior de São Paulo.
As núpcias, entretanto, não devem ser seladas tão cedo. O pacto terá que passar por licitação, mas isso não é permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal tão próximo das eleições. Portanto, Bolsonaro precisaria ser reeleito para dar andamento às tratativas, algo para 2023 em diante.
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