Nesta quinta-feira (2), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autorizou testes em humanos da Butanvac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan. A nova etapa foi subdividida em duas fases (II e III) e planeja-se incluir mais de 4,4 participantes.
O instituto aponta a Butanvac como uma aposta para a vacinação suplementar no Brasil e afirma que a vacina recombinante de vírus inativado utiliza um processo de menor custo.
Os testes com a Butanvac começaram ainda em 2021, quando a Anvisa autorizou em junho do ano passado o início da Fase I. Desde o começo do estudo, o processo passou por um replanejamento e nas próximas fases, o imunizante passa a ser tratado como dose de reforço.
Com a autorização da Anvisa, o Butantan pode começar os ensaios clínicos da fase II, após a apresentação e avaliação dos resultados, que poderá prosseguir para a fase III. Nas próximas etapas, os pesquisadores pretendem avaliar a imunogenicidade, que é a capacidade do imunizante estimular a produção de anticorpos dentro do organismo.
Na fase II de testes, serão incluídas mais de 400 pessoas com idade mínima de 18 anos, das quais 50% devem ser idosos (a partir de 60 anos), independentemente dos casos de infecção pelo coronavírus. Já na fase III, deve contar com mais 4 mil voluntários que integrarão os testes, desta vez 20% dos participantes serão idosos.
Em todas as fases, os voluntários devem ter tomado as quatro doses de qualquer vacina contra covid-19, sendo a última administrada no intervalo entre 120 e 240 dias. O estudo será realizado em 10 centros clínicos pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Bahia.
Ainda não tem previsão para a conclusão dos ensaios clínicos.
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