O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ingressaram com representação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira (22), pedindo a anulação de votos computados em 279 mil urnas eletrônicas nas eleições deste ano.
Valdemar Costa Neto convocou uma coletiva de imprensa ao lado do advogado Marcelo Luiz Ávila de Bessa, que assina a representação. A alegação é de que houve “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento”.
A representação cita o laudo de auditoria realizada pelo Instituto Voto Legal, contratado pelo PL, que indicou irregularidades nas urnas de fabricação em anos anteriores a 2020. “Todas as urnas dos modelos de fabricação UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015 apontaram um número idêntico de LOG, quando, na verdade, deveriam apresentar um número individualizado de identificação”, consta na representação. De acordo com a CNN, os modelos em questão somam 352.125 urnas.
Já o modelo UE2020 possui 224.999 urnas, o que representa 40,82% do total. “Apenas as urnas eletrônicas modelo UE2020 é que geraram arquivos LOG com o número correto do respectivo código de identificação”, diz outro trecho da representação.
Durante a coletiva de imprensa, o advogado Marcelo Bessa afirmou que , embora a auditoria contratada pelo PL não tenha indicado fraude nas eleições, foram encontradas “inconsistências”, que segundo ele, precisam ser apuradas pelo TSE.
“Essas inconsistências não permitem atestar que aquelas urnas efetivamente registraram o resultado ou o voto do eleitor, isso não quer dizer que ocorreu uma fraude, mas há uma possibilidade de que não se tenha certeza de que aquelas urnas tenham credibilidade suficiente para atestar aquela votação. Fizemos uma representação para que o TSE aprofunde uma verificação desse mau funcionamento”, declarou o advogado do PL.
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