O ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro (União Brasil) foi eleito senador no Paraná na eleição deste domingo, 2. Com 100% das seções totalizadas, ele recebeu 1,9 milhão de votos na disputa ao Senado, o equivalente a 33%, e assumirá a cadeira que era de Álvaro Dias (Podemos), que foi derrotado em sua tentativa de reeleição e terminou o pleito no terceiro lugar, atrás de Paulo Martins (PL).
Dias foi padrinho político de Moro e os dois eram aliados antes de serem adversários na disputa ao Senado no Paraná. A relação foi abalada quando o ex-juiz migrou para o União Brasil quatro meses depois de se filiar ao Podemos, de Dias. Ambos passaram a campanha trocando acusações. Moro fica no cargo até 2030. Seus suplentes são Luis Felipe Cunha e Ricardo Guerras, ambos do União Brasil.
A eleição para o Senado representa uma vitória para Moro depois de uma sucessão de derrotas. Ele havia desistido de concorrer à Presidência da República e tinha sido impedido pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) de concorrer em São Paulo.
Moro ficou conhecido nacionalmente por sua atuação na 13ª Vara Federal de Curitiba no âmbito da Lava Jato, a maior operação contra a corrupção da história do Brasil, e pelas decisões que resultaram na prisão de Luiz Inácio Lula da Silva. A grande popularidade fez com que o próprio magistrado fosse cotado como um dos possíveis candidatos a presidente da República nas eleições 2018.
Moro largou o cargo de juiz federal e passou a integrar o governo de Jair Bolsonaro desde seu início, em janeiro de 2019. A pasta da Justiça se fundiu à da Segurança Pública, criando um “superministério”. No entanto, a relação entre presidente e ministro se desgastou ao longo do mandato. Moro desembarcou do governo no início do ano passado acusando o presidente de tentar interferir em investigações da Polícia Federal.
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