O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR), está internado em São Paulo desde o sábado, dia 21. Ele passou por uma angioplastia, procedimento para desobstruir artérias. A informação foi anunciada pelo próprio deputado em suas redes sociais e confirmada pelo hospital Sírio-Libanês no início da tarde deste domingo.
“Fiz hoje uma angioplastia e ganhei meu terceiro stent. Os dois primeiros recebi quando era ministro da Saúde. Uma maravilha a medicina moderna”, escreveu Barros. O procedimento cirúrgico é pouco invasivo, e é feito para normalizar o fluxo de sangue para o coração.
Fiz hoje uma angioplastia, e ganhei meu terceiro stent. Os dois primeiros, recebi quando era ministro da saúde. Uma maravilha a medicina moderna. Agradeço as orações, Dr. Kalil, Dr. Fábio Sândoli e a equipe do hospital Sírio Libanês. Espero alta amanhã para continuar na luta. pic.twitter.com/9JYw2vczTE
— Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) August 21, 2021
De acordo com boletim médico, o parlamentar deu entrada no hospital ontem com um diagnóstico de insuficiência coronária. A operação foi realizada com sucesso, e o quadro do deputado é estável. A nota, porém, não diz quando Barros terá alta; ele havia escrito que esperava sair do hospital ainda neste domingo.
O boletim é assinado pelo diretor de Governança Clínica, Luiz Francisco Cardoso, e pelo Diretor Clínico, Ângelo Fernandez, que também informam que o caso do deputado é acompanhado pelas equipes médicas do médico cardiologista Roberto Kalil Filho.
CPI
Barros é um dos investigados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Ele é suspeito de participar nas negociações do governo federal pela aquisição da vacina indiana Covaxin. A CPI apura indícios de corrupção no processo de aquisição do imunizante indiano.
O líder do governo foi incluído formalmente no rol de investigados pela comissão na última quarta-feira, 18. Na semana anterior, ele havia prestado depoimento na comissão como convidado, mas a tumultuada sessão foi encerrada após o deputado acusar a CPI de afastar empresas de vacinas do País.
Na quinta-feira, o deputado entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a quebra de seus sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático, também decretada pela CPI da Covid. A defesa do parlamentar diz que a comissão não pode quebrar o sigilo de um deputado federal e defende que a medida não foi fundamentada corretamente.
Barros deve voltar à comissão para um novo depoimento, dessa vez como investigado, mas ainda não há data para a oitiva.
Eleito deputado federal pela primeira vez em 1994, Barros está em seu sexto mandato. Já foi líder do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), vice-líder do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), relator do orçamento de 2016, durante o governo de Dilma Rousseff (PT), e ministro da Saúde de Michel Temer (MDB).
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