O advogado Bruno Graf, que morreu aos 28 anos em agosto deste ano em Santa Catarina, teve como causa da morte uma reação à vacina da AstraZeneca, é o que informa um boletim divulgado no último dia 10 pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), vinculada à Secretaria Estadual da Saúde de SC.
“Trata-se de um homem de 28 anos, residente em Blumenau, que iniciou sintomas (calafrios, sensação febril e cefaleia) no dia 23 de agosto, evoluindo a óbito em 26 de agosto, sendo este desfecho desencadeado por um quadro de trombose de sistema nervoso central com plaquetopenia associada”, informa o documento, divulgado pela revista Oeste.
O boletim também menciona a morte de uma mulher de 27 anos, com reações semelhantes às de Bruno Graf. “Ambos os óbitos foram temporalmente associados à vacina da AstraZeneca, sendo esses dois casos confirmados tendo seus desfechos com relação à Síndrome de Trombose com Trombocitopenia (STT). [...] A STT é definida pela presença de trombose/tromboembolismo, geralmente em locais incomuns, como o seio venoso cerebral ou as veias esplâncnicas com trombocitopenia acentuada após a vacinação com uma vacina de vetor de adenovírus não replicante contra a covid-19”, diz outro trecho.
“Eventos raros”
A revista Oeste entrou em contato com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, e o órgão ressaltou que os dois casos podem ser considerados como eventos raros, representando uma taxa de incidência de 0,05 casos por 100 mil doses aplicadas.
“Estes EAPVs (Eventos Adversos Pós-Vacinação) são descritos na literatura médica como eventos raros e associados a vacinas de plataforma de vetor viral, das quais as vacinas dos laboratórios AstraZeneca e Janssen são as únicas distribuídas no Brasil pelo Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde”, informou o órgão vinculado à Secretaria de Saúde de Santa Catarina.
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