Os advogados que integram o Instituto Nacional de Advocacia, críticos à atuação do presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, pediram a concessão de um benefício para os profissionais que estão “passando fome” na crise do coronavírus.
Para o presidente do Instituto, Rodrigo Salgado Martins, “o Conselho Federal da OAB deve olhar para a classe ao invés de se portar como partido político combatendo o governo federal”.
Em ofício enviado à OAB, no último dia 09 de abril, o presidente relata que existem advogados doentes desamparados, desempregados, com pequenos e médios escritórios sem clientes pagantes, “ingressando num “túnel” sem volta de dívidas e empréstimos”.
“Se antes o problema era a Administração da Justiça falha e morosa, agora é a total falta dela! Se já era difícil antes agora não se tem nada. A desorganização impede o teletrabalho que está sendo ineficaz, se a burocracia sempre foi o principal problema, agora é o desgoverno da Justiça e total falta de razoabilidade leva a processos que já eram parados agora estagnados”, diz a missiva.
O Instituto conclama a OAB à subsidiar os Advogados que estiverem infectados, demonstrarem estar desempregados, estejam com dívidas para com a ordem, suspendendo as mesmas e isentando do pagamento do ano de 2020 e, se for o caso, devolvendo os valores como apoio a quem já houver pago.
Rodrigo Salgado não sabe estimar quantos advogados precisam da ajuda, mas defende que cabe a cada seccional estadual fixar um valor dependendo da demanda, com uma caixa assistencial abastecida com a contribuição da categoria.
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