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Maioria rejeita saída de Mandetta do Ministério da Saúde, diz pesquisa

Levantamento Atlas indica que 76,2% dos brasileiros discordam da remoção do ministro, que se tornou o mais popular da gestão Bolsonaro.

A maioria dos brasileiros é contrária à demissão do titular da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, de acordo com pesquisa Atlas realizada entre domingo, dia 12, e terça, dia 14, com uma amostra de 2 mil pessoas. O levantamento indicou que 76,2% discordam da remoção do ministro, que é tida como iminente no Planalto. Apenas 13,7% concordam com a saída dele e 10,1% não sabem. A pesquisa conta com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um índice de confiança de 95%.

No contexto do combate à pandemia do novo coronavírus, a popularidade do ministro começou a aumentar a partir de meados de março. Tracking da Atlas indica que, ainda no mês passado, Mandetta ultrapassou o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e se tornou o quadro mais bem avaliado do governo.


O levantamento também revela queda da avaliação do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Atualmente, 42,5% da população avaliam sua gestão como ruim ou péssima, 29,5% dizem que é regular, 22,9% afirmam que é boa ou ótima e 5,1% não sabem. Perguntada sobre um eventual impeachment do presidente, a maioria – 46,5% – é a favor. Outros 43,7% são contra e 9,8% dizem não saber.

Já em relação ao ministro, 64% das pessoas avaliam Mandetta positivamente, ante 17% que reprova sua atuação e 19% que não sabe responder.

O levantamento revelou ainda que a maioria dos brasileiros, 72,2% concorda com as medidas de contenção do coronavírus, como suspensão de aulas, fechamento de lojas e restrições à circulação de pessoas. Cerca de metade, 51,6% relatam que sua renda mensal diminuiu. Além disso, 41,9% diz temer pela sua vida e 86,2% está com medo de perder um familiar ou amigo em função da doença.

Bolsonaro começa a receber nesta quinta, dia 16, os cotados para substituir Mandetta. O primeiro que será "entrevistado" é o oncologista Nelson Teich, que atuou na campanha eleitoral do presidente e tem apoio da classe médica. Diante da possibilidade de deixar o cargo, o titular admitiu nesta quarta que “há um descompasso” entre as diretrizes da pasta e o presidente. Segundo ele, Bolsonaro “claramente externa que quer outro tipo de posição” em relação ao combate da covid-19.

Segundo fontes do Planalto, o presidente deu início ao processo de substituição de Mandetta depois de considerar uma provocação a entrevista do ministro ao programa Fantástico, no domingo, na qual cobrou uma “fala única” do governo quanto às medidas de controle da pandemia.

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