O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, 16, que “ficou sabendo” que quem assumirá a chefia da Polícia Federal no Rio de Janeiro será o chefe da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Silva Saraiva. A afirmação vem um dia depois de a PF divulgar que o superintendente da corporação em Pernambuco, Carlos Henrique Oliveira Sousa, é quem substituiria o chefe da PF no Rio, Ricardo Saadi. A informação foi antecipada em reportagem do Estadão/Broadcast.
"O que eu fiquei sabendo... Se ele resolver mudar, vai ter que falar comigo. Quem manda sou eu... deixar bem claro", afirmou Bolsonaro. "Eu dou liberdade para os ministros todos. Mas quem manda sou eu", reforçou. "Está pré-acertado que seria lá o de Manaus”, afirmou, sem esclarecer a quem se referia.
Na quinta, Bolsonaro alegou “questões de produtividade” e “um sentimento” para tirar Saadi do comando da PF no Rio. Questionado se havia partido dele mesmo a decisão, Bolsonaro afirmou apenas que “não interessa o motivo”.
"Pergunta para o (ministro da Justiça, Sergio) Moro. Já estava há três, quatro meses para sair o cara de lá. Quando vão nomear alguém, falam comigo. Eu tenho poder de veto ou vou ser um presidente banana agora, cada um faz o que bem entende e tudo bem? Não."
Bolsonaro também afirmou que Saadi “vai produzir melhor em outro lugar” e disse que não questionou a “falta de produtividade” do delegado. “Eu falei sobre produtividade e não falta de produtividade”, disse.
Ainda na quinta, o presidente falou sobre sua decisão ao comentar mudanças na Receita Federal. Na sexta, ele afirmou que se tiver que mudanças no órgão, fará.
PF respondeu a Bolsonaro
A Polícia Federal afirmou, em nota divulgada na quinta, que a saída do delegado Ricardo Saadi da Superintendência do órgão no Estado do Rio de Janeiro não tem qualquer relação com desempenho. A PF informou que a mudança já vinha sendo planejada há alguns meses e o motivo principal é o desejo do superintendente atual de ir para Brasília, além de ser uma troca normal no cenário de um novo governo que assumiu. Não foi informado oficialmente que cargo ele ocuparia na capital federal.
A definição dos superintendentes regionais é de responsabilidade apenas do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. O órgão é vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, chefiado por Sergio Moro.
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