A Polícia Federal realiza na manhã desta terça, 10, a 69ª etapa da Operação Lava Jato, chamada Mapa da Mina para apurar crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influência envolvendo contratos de operadoras de telefonia, internet e TV por assinatura que atuam no Brasil e no exterior. Segundo a corporação, os repasses para uma das empresas teriam chegado a R$ 193 milhões entre 2005 e 2016.
Agentes cumprem 47 mandados de busca e apreensão expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba.
Cerca de 200 policiais e 15 auditores fiscais da Receita, participam das ações em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e no Distrito Federal.
A investigação tem como base evidências colhidas durante a 24ª etapa da Lava Jato, a Aletheia, que, em março de 2016, levou coercitivamente o ex-presidente Lula para depor em uma sala no Aeroporto de Congonhas.
Segundo a PF, os contratos e acertos suspeitos investigados pela ‘Mapa da Mina’ teriam gerado repasses milionários ao grupo investigado na ‘Aletheia’. Há evidências de que os serviços contratados foram realizados ‘em patamares ínfimos’ ou não foram prestados, apesar dos pagamentos integrais, indicou a corporação.
A Polícia Federal informou que o nome da operação foi extraído da apresentação financeira interna do grupo investigado pela Aletheia. O documento foi apreendido na 24ª fase da Lava Jato e, segundo a PF, “indicaria como ‘mapa da mina’ as fontes de recursos advindas da maior companhia de telefonia investigada”.
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