A força-tarefa da Lava Jato deflagrou, na manhã desta terça, 19, uma nova fase da Operação Câmbio Desligo, denominada Patron, para investigar grupo que deu apoio a fuga e à ocultação de bens de Dario Messer, conhecido como o ‘doleiro dos doleiros’. O doleiro Najun Azario Flato foi preso no âmbito da ação, que mira ainda o ex-presidente do Paraguai Horácio Cartes.
Segundo a PF, o nome da Operação, Patron, espanhol para ‘patrão’ é o termo que Dario Messer utilizava para se referir a Cartes. O doleiro foi preso no fim de julho, em São Paulo, em uma ação coordenada da Polícia Federal e da Procuradoria da República.
Nesta manhã, agentes cumprem 37 mandados – 16 de prisão preventiva, 3 de prisão temporária e 18 de busca e apreensão. As ações são realizadas na Grande São Paulo, em Ponta Porã, no Rio de Janeiro e em Armação dos Búzios. Há ainda o cumprimento de ordens na fronteira com o Paraguai.
Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
As investigações identificaram que Dario Messer ocultou cerca de US$ 20 milhões. Desse montante, mais de US$ 17 milhões teriam sido alocados em um banco nas Bahamas e o restante pulverizado no Paraguai entre doleiros, casas de câmbio, empresários, políticos e uma advogada.
O nome dos investigados que moram no Paraguai e Estados Unidos terão seus nomes incluídos na Difusão Vermelha da Interpol, por decisão judicial, indicou a PF.
A operação é realizada pela Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita.
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