A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) assinaram acordo de leniência com a Odebrecht por atos ilícitos admitidos pela empresa envolvendo recursos públicos e contratos com estatais, no âmbito da Operação Lava Jato. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da AGU.
O valor do acordo de leniência fechado entre a União e a Odebrecht foi estipulado em R$ 2,7 bilhões. Esse montante é menor do que os R$ 3,8 bilhões que a empresa já havia se comprometido a pagar quando fechou acordo de leniência com o Ministério Público Federal no Paraná em dezembro de 2016. Os R$ 2,7 bilhões deverão ser descontados dos R$ 3,8 bilhões. Portanto, a empresa não precisará pagar mais do que o que já estava previsto.
A diferença entre os dois acordos se dá porque, no MPF-PR, também foram incluídos fatos que não envolvem a esfera federal. O acordo agora assinado com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) engloba ilícitos que se relacionam apenas ao governo federal e estatais federais, como a Petrobras.
O anúncio da assinatura do acordo de leniência se deu no início da tarde desta segunda-feira, 9, em que os detalhes do acordo foram divulgados pelos ministros da Wagner Rosário, da CGU, e Grace Mendonça, da AGU.
Em maio, o jornal O Estado de S. Paulo publicou que a CGU esperava fechar até o fim de junho dois acordos de leniência cujos valores somados devem ficar em torno de R$ 4 bilhões. Uma das empresas é a Odebrecht. O ministro disse ao Estadão na época que a CGU negocia acordos com um total de 9 empresas e que os valores somados podem chegar a R$ 10 bilhões.
Acordos de leniência são firmados por empresas com órgãos do Estado para que elas possam obter benefícios, como redução em punições, em troca de admitirem irregularidades e apontarem demais envolvidos em ilícitos, de forma que se consiga ampliar as investigações.
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Odebrecht terá que devolver R$ 2,7 bi após acordo de leniência
Esse montante é menor do que os R$ 3,8 bilhões que a empresa já havia se comprometido a pagar.
Por Estadão Conteúdo
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