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Michel Temer quer retomar PEC da Previdência após eleição

O presidente ainda não conseguiu aprovar a proposta no Congresso e com a proximidade da eleições, ela não será analisada. 

O presidente Michel Temer (MDB) anunciou que depois da eleição pretende convidar o seu sucessor para conversar sobre a reforma da Previdência com o objetivo de conseguir fazer com que ela seja aprovada no Congresso Nacional. Ele destacou que a intenção é que a votação aconteça ainda neste ano.

“Estou disposto a fazer um acordo com o futuro presidente, porque ainda dá tempo de aprovar a reforma da Previdência neste ano, em outubro, novembro e dezembro”, disse Temer em entrevista ao Estadão. O presidente ainda não conseguiu aprovar a proposta no Congresso e com a proximidade da eleição, ela não será analisada. Temer acredita que as denúncias contra ele atuaram de forma negativa e fizeram com que a proposta não fosse votada pelos parlamentares.


  • Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão ConteúdoPresidente Michel TemerPresidente Michel Temer

A intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro impede a votação de PECs, mas ela poderia ser suspensa para que a votação acontecesse. “Quando ele [novo presidente] for eleito, vou chamá-lo e perguntar o que ele quer que eu faça, manter, não manter...”, disse Temer.

O presidente estava interessado na reeleição, mas ele já admite que isso não será possível e busca quem irá apoiar. “Não tenho esse desejo imenso de voltar, de ser presidente de novo. Afinal, já passei pela Presidência, já sei como é”, afirmou, destacando que “as pesquisas não valem nada a esta altura, são mero indicativo. Elas só valem na reta final, próximo à eleição”.

Ele revelou que ainda não conversou com Geraldo Alckmin (PSDB), que é pré-candidato a presidência, mas contou o que espera dos candidatos na eleição deste ano. “Quero ver quem vai ter coragem de condenar o teto de gastos e assumir que quer gastar, gastar... Quem vai condenar a reforma do ensino médio e voltar ao atraso... Quem vai cobrar a volta das leis trabalhistas de 1943... Quem vai reclamar dos juros baixos, da inflação mais baixa da história... Quem vai criticar a retomada do crescimento...”, disse.

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