Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o empresário, um dos donos da J&F, sendo hostilizado por clientes da Churrascaria Barbacoa, no bairro do Itaim-Bibi, em São Paulo. Ele estava almoçando com amigos, no domingo (11), quando os clientes do local começaram a se manifestar e a polícia chegou a ser acionada para ajudar na saída do empresário do estabelecimento.
Wesley saiu da carceragem da Polícia Federal no dia 20 de fevereiro. Na churrascaria, ele foi confundido com o seu irmão Joesley Batista que foi solto na sexta-feira (9). Aos gritos de “ladrão”, "vai embora vagabundo" e “fora, Joesley”, os clientes pediram para o empresário sair do local. Ele ficou o tempo todo sentado, até terminar a sua refeição. Só saindo do local com a ajuda da polícia.
- Foto: Werther Santana/Estadão ConteúdoWesley Batista
Wesley estava preso desde setembro do ano passado por suspeita de usar informações privilegiadas para lucrar no mercado financeiro. Ele e o irmão Joesley são acusados omitirem, de forma intencional, fatos criminosos dos quais eles já tinham conhecimento para conseguirem se beneficiarem da melhor forma na delação premiada que eles estavam fechando. Os empresários apenas informaram ao Ministério Público Federal o que ajudaria eles a fecharem o melhor acordo, mas a situação foi descoberta e eles perderam os benefícios adquiridos com a delação.
Entre as provas estão conversas em um grupo de WhatsApp, onde aponta que os executivos sabiam da situação do ex-procurador Marcelo Miller, que ajudou na elaboração dos acordos de leniência e enquanto era membro do Ministério Público Federal, advogava para o grupo J&F. A PGR acredita que a assessoria de Miller teria custado aos executivos R$ 700 mil.
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