O empresário Jacob Barata Filho e o ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), Lélis Teixeira deixaram a cadeia pública José Frederico Marquês, em Benfica, na zona norte do Rio, na manhã deste sábado (19).
Os dois foram soltos após uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes nesta sexta-feira (18). Barata Filho e Teixeira foram presos no começo de julho na Operação Ponto final, um desdobramento da Lava Jato, suspeitos de envolvimento em um esquema de corrupção no setor de transportes do Rio, com a participação de empresas e políticos do estado, que teria movimentado R$ 260 milhões em propina.
A decisão de Gilmar Mendes derrubou uma ordem de prisão do juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal do RJ, desta quinta-feira (17). Neste mesmo dia, Gilmar Mendes havia determinado, pela primeira vez, a soltura de Barata Filho e Teixeira. Mas eles não chegaram a ser soltos, porque Bretas expediu novas ordens de prisão contra os envolvidos, por outros crimes.
- Foto: Jotta Mattos/Agência o Dia/Estadão ConteúdoLélis Teixeira
O Ministério Público Federal no Rio (MPF-RJ) enviou ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, um pedido de impedimento de Gilmar Mendes para atuar no caso. Um dos argumentos é que a filha de Barata é casada com o sobrinho do ministro, que foi padrinho do casamento. Mendes no entanto, afirma que, pela lei, não há nenhum impedimento a atuação dele no caso.
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