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Avião apreendido com cocaína decolou de fazenda de Blairo Maggi

A Amaggi, empresa do ministro da Agricultura, diz não ter ligação com o bimotor e que aguarda o resultado das investigações sobre a propriedade da aeronave e as circunstâncias do voo.

O avião bimotor que foi apreendido nesse domingo (25), no interior de Goiás com 653,1 quilos de cocaína, avaliada em R$ 13 milhões, decolou de uma fazenda que pertence à empresa Amaggi, do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, segundo a Força Aérea Brasileira (FAB).

A aeronave modelo Piper Aircraft 23 partiu da Fazenda Itamarati do Norte, no município de Campo Novo do Parecis (MT), com destino a Santo Antônio do Leverger (MT) e foi interceptada por um caça A-29 Super Tucano da FAB na região de Aragarças (GO).


A droga foi apreendida na Operação Ostium, deflagrada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), da Força Aérea, com apoio da Polícia Federal e da Polícia Militar de Goiás. O objetivo da ação foi interceptar voos que pudessem estar ligados ao tráfico de drogas na fronteira seca do Brasil.

  • Foto: PMGO/DivulgaçãoAvião carregado de cocaína interceptado pela FABAvião carregado de cocaína interceptado pela FAB

De acordo com a Veja, o piloto do bimotor fugiu depois que a aeronave pousou e não foi localizado nem mesmo pelas buscas do helicóptero da PM na região. Registrado em nome de Jeison Moreira Souza, o avião está em situação regular junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A droga apreendida será encaminhada à Polícia Federal em Goiânia.

Por meio de nota, a Amaggi diz ter tomado conhecimento do caso por meio da imprensa e “se coloca à disposição das autoridades para prestar todo apoio possível às investigações do caso”. A empresa afirma que arrenda parte da Fazenda Itamarati, propriedade de 54.300 hectares com 11 pistas autorizadas para pouso.

  • Foto: Albery Santini/Futura Press/Estadão ConteúdoMinistro da Agricultura, Blairo MaggiMinistro da Agricultura, Blairo Maggi

“A empresa não tem qualquer ligação com a aeronave descrita pela FAB e não emitiu autorização para pouso/decolagem da mesma em qualquer uma de suas pistas (…) A região de Campo Novo do Parecis tem sido vulnerável à ação de grupos do tráfico internacional de drogas, dada a sua proximidade com a fronteira do Estado de Mato Grosso com a Bolívia”, diz a assessoria de imprensa.

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