Por unanimidade, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou nesta terça-feira (16), o pedido feito pela defesa da jornalista Cláudia Cruz, mulher do ex-deputado Eduardo Cunha, de absolvição dos crimes de que é acusada na Operação Lava-Jato.
Segundo os ministros, as provas enviadas pela Suíça ao Brasil, onde mostra que Claudia Cruz é titular de uma conta que teria sido usada para depositar recursos de suposta propina recebida por Cunha em um contrato da Petrobras na África, são válidas.
Com a decisão, o processo deve continuar tramitando na primeira instância da Justiça, em Curitiba, sob a condução do juiz federal Sérgio Moro.
O Ministério Público Federal pede que Cláudia pague US$ 1.061.650,00 como reparação dos danos matérias e morais causados. Esse valor é mantido pela jornalista no exterior sem declaração, mais cerca de US$ 1,2 milhão, que seria a quantia envolvida nos crimes de lavagem.
- Foto: Rodrigo Féliz Leal/Futura Press/Estadão ConteúdoCláudia Cruz visita Eduardo Cunha na sede da PF
Alegações finais
A defesa de Cláudia Cruz protocolou as alegações finais do processo e pediu a absolvição da mulher de Eduardo Cunha na última sexta-feira (12).
Os advogados também pediram que "seja reconhecida a ilicitude da prova oriunda da Suíça, em virtude das máculas que recaem sobre a cooperação jurídica internacional, sendo determinado o seu desentranhamento dos autos".
Nas alegações finais do processo, a defesa da jornalista destacou que “esses recursos permaneceram nos trusts de Eduardo Cunha”. “Portanto, os valores gastos nos cartões de crédito não têm qualquer relação com a suposta corrupção”,
Segundo o G1, a defesa também voltou a requerer, mais uma vez, que Eduardo Cunha seja interrogado no processo que a esposa é ré (esse pedido já foi negado anteriormente).
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