O pedido de suspensão do processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi negado pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, em Curitiba, nesta quarta-feira (8). Os advogados de Lula entraram com uma ação solicitando o adiamento das audiências de testemunhas de defesa, devido a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia, na última sexta-feira (3).
Na sentença, Moro lamenta pela perda da esposa de Lula, mas explica que muito já se foi feito para que as audiências aconteçam e por isso, torna o adiamento impossível. “Apesar de trágico e lamentável acontecimento, há diversas audiências já designadas, com dezenas de testemunhas, e para as quais foram realizadas dezenas de diligências por este Juízo e pelos diversos Juízos deprecados para a sua viabilização”, escreveu Moro.
- Foto: Joel Nogueira/Foto Arena/Estadão ConteúdoLuiz Inácio Lula da Silva
O ex-presidente é acusado por receber R$ 3,8 milhões em propinas da OAS, em forma de reforma e ampliação do tríplex no Edifício Solaris, no Guarujá (SP) – que a Lava Jato diz ser do ex-presidente, e ele nega – e no custeio do armazenamento de bens, em empresa especializada.
De acordo com o Estadão, os advogados de Lula entregaram o pedido à Justiça Federal na terça-feira (7). Os criminalistas José Roberto Batochio, Juarez Cirino dos Santos, Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira argumentam na ação “motivos pessoais relevantes que prejudicam o contato do Peticionário com sua defesa técnica e, por conseguinte, impede que esta última possa se preparar adequadamente para tais audiências”.
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