Ativistas políticos e estudantes protestaram nesta terça-feira (29), em frente ao Congresso Nacional contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que limita os gastos do governo pelos próximos 20 anos.
Segundo a Secretaria de Segurança pública, cerca de 10 mil pessoas se reuniram no gramado da Esplanada dos Ministérios no início da noite com gritos de ordem como “Fora, Temer” e “Diretas Já”. O movimento teve início por volta das 16 horas. De acordo com o Estadão, participaram do protesto estudantes, representantes da CUT, MST, organizações ligadas às universidades federais, como Sintuff, e grupos indígenas.
Após um carro ser tombado próximo ao Congresso, a Polícia começou a disparar bombas contra os manifestantes. Além disso, os protesto chegou aos ministérios do Esporte e Desenvolvimento Agrário e da Educação, onde vidros e aparelhos de ar-condicionados foram quebrados.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoAto contra a PEC do Teto de gastos
O ministro da Educação, Mendonça Filho, condenou os atos de violência e depredação ocorridos. "Os servidores do MEC viveram clima de terror. Isso é inaceitável. Como democrata que sou, entendo o direito de protesto, mas de forma civilizada, respeitando o direito de ir e ir. O que vimos hoje foram atos de violência e vandalismo contra os servidores públicos e contra o patrimônio", afirmou.
A União Nacional dos Estudantes (UNE), criticou, em nota, a postura dos policiais. Não incentivamos qualquer tipo de depredação do patrimônio público. O que nos assusta e nos deixa perplexos é a polícia militar do governador Rollemberg jogar bombas de efeito moral, gás de pimenta, cavalaria e balas de borracha contra a estudantes, alguns menores de idade, que protestam pacificamente. Esse é o reflexo de um governo autoritário, ilegítimo e que não tem um mínimo de senso de diálogo".
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