A Polícia Federal (PF), em conjunto com a Polícia Civil do Distrito Federal , está investigando novas ameaças de morte contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal (STF). As ameaças foram identificadas nas últimas semanas e incluem planos para um possível atentado previsto para ocorrer ainda em janeiro de 2025.

De acordo com informações divulgadas pela CNN Brasil e confirmadas pela Gazeta do Povo, o ataque planejado teria como alvos tanto o presidente Lula quanto o ministro Alexandre de Moraes e seria realizado com o uso de armamento pesado, incluindo explosivos, granadas e um fuzil de alto poder bélico. Esse tipo de armamento é utilizado por atiradores de elite e tem capacidade de derrubar helicópteros, o que aumenta o nível da ameaça e a complexidade do plano.

Foto: Antonio Augusto/TSE
Lula e Alexandre de Moraes

A investigação foi iniciada há cerca de uma semana e resultou na abertura de um inquérito específico. O objetivo é identificar os autores, os participantes e os meios que seriam empregados no atentado. A apuração está sob a responsabilidade da recém-criada Divisão de Proteção e Combate ao Extremismo Violento (DPCEV), da Polícia Civil, e da Diretoria de Inteligência Policial (DIP), da Polícia Federal.

A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio de sua assessoria, informou que não comenta investigações em andamento, enquanto a Polícia Federal não respondeu ao pedido de informações feito pela reportagem. Entretanto, fontes próximas à investigação revelaram que a PF trata todas as ameaças como casos sérios, independentemente da possibilidade de execução, evidenciando a gravidade da situação.

Além dessa nova ameaça, outras duas investigações relacionadas a possíveis atentados contra figuras públicas estão em andamento. Uma delas envolve a prisão de um homem de 30 anos, suspeito de planejar ataques em Brasília. O suspeito foi detido na Bahia após o caminhão em que estava ser interceptado. A outra investigação teve início quando um indivíduo estacionou um carro próximo ao Comando-Geral da Polícia Militar do DF, alegando que o veículo continha dispositivos explosivos que seriam detonados nas sedes da Polícia Militar e da Polícia Federal.

Em 2024, o atentado com artefatos explosivos contra o STF, ocorrido em novembro, elevou o nível de atenção para possíveis ameaças. Na ocasião, um homem morreu ao tentar atacar a sede do STF e um estacionamento da Câmara dos Deputados. A linha de investigação sugere que ele tenha agido sozinho, mas aliados do governo Lula suspeitam de possíveis ligações com os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2024.