A Justiça de Pernambuco determinou o bloqueio de R$ 3,3 milhões das contas do cantor Gusttavo Lima e o sequestro cautelar de imóveis em seu nome. A decisão, proferida pela juíza Andrea Calado da Cruz , da 12ª Vara Criminal do Recife, inclui R$ 2 milhões de contas pessoais e R$ 1,3 milhão de uma empresa administrada pelo sertanejo. O patrimônio estava dividido em 19 contas bancárias.
A Operação Integration, que visa desarticular um esquema de lavagem de dinheiro ligado à exploração ilícita de jogos, revelou que uma empresa de Gusttavo Lima teria ocultado quase R$ 10 milhões, além de valores em euros, libras e dólares provenientes dos jogos. A investigação aponta indícios da participação do cantor no crime de lavagem de dinheiro.
A juíza destacou que o cantor teria ajudado duas pessoas investigadas a sair do Brasil para evitar a prisão. Em 7 de setembro, Gusttavo Lima teria levado essas duas pessoas em seu avião particular de Goiânia para a Grécia, retornando ao Brasil sem elas. Em decisão, a juíza afirmou que essa ação compromete a integridade do sistema judicial e perpetua a impunidade.
A defesa de Gusttavo Lima classificou a decisão como injusta e sem fundamentos legais, afirmando que o cantor está em Miami, nos Estados Unidos. Em nota, a defesa ressaltou que a decisão é contrária aos fatos já esclarecidos e que a inocência do artista será demonstrada.
Sigilo foi retirado
Magistrada determinou nesta terça-feira (24) a retirada do segredo de justiça do processo que envolve Gusttavo Lima no âmbito da Operação Integration. Na decisão, a magistrada manteve o sigilo apenas para os elementos que se relacionam com a proteção da vida privada e da intimidade dos indivíduos. Isso significa que, embora o sigilo tenha sido retirado, ainda há informações que permanecem em segredo, especialmente aquelas relacionadas a menores de 18 anos e informações sensíveis que não estão diretamente ligadas aos fatos da investigação.