A defesa do perito Eduardo Tagliaferro pediu o afastamento do ministro Alexandre de Moraes da condução do inquérito sobre o vazamento de mensagens de seu gabinete. Mensagens divulgadas pela Folha de S.Paulo mostra conversas de Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desenformação, com os juízes auxiliares de Moraes, Airton Vieira e Marco Antonio Vargas.

A pedido do ministro do STF, os juízes mandavam o perito fazer relatórios com alvos já escolhidos. Na petição, o advogado Eduardo Kuntz, da defesa de Tagliaferro, afirma que Moraes iniciou o inquérito para investigar mensagens “que lhe são profissionalmente desabonadoras e lhe causam receio pessoal, numa possível tentativa de valer-se do exercício jurisdicional para evitar a confirmação do caráter arbitrário da sua atuação”.

“Assim, é inequívoco que o Ministro Alexandre de Moraes possui claro e inevitável interesse no deslinde desse Inquérito. Por consequência, está ele legalmente impedido de exercer atos jurisdicionais no caso”, diz trecho citado no Estadão.

Por isso, a defesa pede a anulação do inquérito, que foi aberto sem pedido. Caso não seja encerrado, os advogados de Tagliaferro pediram que a investigação seja redistribuída a outro ministro.