Na última sexta-feira (08), o empresário Antonio Vinícius Lopes Gritzbach foi executado a tiros pelo Primeiro Comando da Capital ( PCC ) no Aeroporto de Guarulhos. Antes de sua morte, ele havia entregado ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) um áudio revelando um plano para matá-lo por R$ 3 milhões.

O empresário registrou a conversa em seu escritório e entregou ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), após firmar uma delação premiada. O acordo foi homologado no dia 24 de abril de 2024.

Na gravação, Antonio estava com seu amigo, que era policial civil, e recebeu uma ligação de um associado a acionistas de uma empresa suspeita de ligações com o PCC. A chamada foi atendida pelo viva-voz do agente, permitindo que o empresário pudesse ouvir a conversa.

A ligação iniciou abordando valores para a execução de Antonio, na qual o interlocutor pergunta se “três [milhões] está bom”. Em seguida, o autor da chamada perguntou se seria fácil resolver a situação do empresário. Depois da conversa, o policial disse ao amigo: “você escutou, você é meu irmão. Por que esse cara está fazendo isso aí? Nós vamos pegar esse cara e dar umas pauladas nele”.