Por Arthur Teixeira Junior *
Você está tranquilamente em um barzinho, bebericando sua cervejinha com sua esposa (o que não o fazia havia muito) e, repentinamente, à frente do estabelecimento, estaciona um carro, dele descem dois rapazes, o motorista abre o capô traseiro, sentam-se em uma mesa próxima a sua e, munido de um maldito controle remoto, o jovem liga um potente som que berra um rock que você nunca imaginou existir. Não contente, para mostrar a eficiência de seu equipamento, o maldito freguês vai intercalando com brega, funk, forró, swingueira, de modo que não se escute mais do que poucos segundos de cada música (se é que podemos chamar aquilo de música). Acabou sua noite.
Ou, em plena madrugada, você é acordado com uma música infernal que parece estar sendo executada dentro de seu quarto, mas provém de um carro de som estacionado a uma quadra de distância.
Antes exclusiva dos grandes centros urbanos, esta praga urbana hoje estende-se por todo o interior, abalando até cidades pacatas e minúsculas (como Agricolândia).
O abestado neurótico compra (ou ganha do papai) um carro com amplo porta malas e entope-o com uma caríssima aparelhagem útil somente para incomodar outros cidadãos. Como se nós fossemos obrigados a compartilhar seu gosto musical. E escutarmos a música que ele quer, na hora que ele preferir. E no volume por ele determinado.
Os proprietários destes chamados “carros de som” tem um perfil comum, podem reparar: geralmente pertencem a classe média alta, têm entre 20 e 30 anos, tem pouco dinheiro no bolso, daí porque quase sempre carregam sua própria bebida, preferencialmente um destilado forte que misturam com refrigerante quente e barato, são do sexo supostamente masculino e não andam na companhia de mulheres. Quando estacionam o veículo, pouco ou nada gastam no estabelecimento escolhido. Após ligarem o som, ficam tremelicando defronte as caixas como saguis com Mal de Parkinson e as únicas mulheres que se aproximam são periguetes a fim de beberem de graça.
Em resumo: a grande maioria destes proprietários tem um distúrbio sexual secreto, são impotentes ou preferem companhia do mesmo sexo. Querem, na verdade, vingarem-se de toda sociedade que culpam por suas frustrações amorosas e sexuais.
O Poder Público precisa intervir para controlar estes sociopatas, que são portadores de desprezo pelas normas sociais, indiferentes aos direitos e sentimentos dos outros, possuidores de um comportamento agressivo e impulsivo. Basta adequar o Código de Postura Municipal para coibir esta praga cada vez mais comum em nossas cidades, agora alastrando-se para o interior, criminalizando esta prática nefasta, idiota e doentia.
* Arthur Teixeira Junior é funcionário público
Imagem: ReproduçãoArthur Teixeira Junior
Você está tranquilamente em um barzinho, bebericando sua cervejinha com sua esposa (o que não o fazia havia muito) e, repentinamente, à frente do estabelecimento, estaciona um carro, dele descem dois rapazes, o motorista abre o capô traseiro, sentam-se em uma mesa próxima a sua e, munido de um maldito controle remoto, o jovem liga um potente som que berra um rock que você nunca imaginou existir. Não contente, para mostrar a eficiência de seu equipamento, o maldito freguês vai intercalando com brega, funk, forró, swingueira, de modo que não se escute mais do que poucos segundos de cada música (se é que podemos chamar aquilo de música). Acabou sua noite.
Ou, em plena madrugada, você é acordado com uma música infernal que parece estar sendo executada dentro de seu quarto, mas provém de um carro de som estacionado a uma quadra de distância.
Antes exclusiva dos grandes centros urbanos, esta praga urbana hoje estende-se por todo o interior, abalando até cidades pacatas e minúsculas (como Agricolândia).
O abestado neurótico compra (ou ganha do papai) um carro com amplo porta malas e entope-o com uma caríssima aparelhagem útil somente para incomodar outros cidadãos. Como se nós fossemos obrigados a compartilhar seu gosto musical. E escutarmos a música que ele quer, na hora que ele preferir. E no volume por ele determinado.
Os proprietários destes chamados “carros de som” tem um perfil comum, podem reparar: geralmente pertencem a classe média alta, têm entre 20 e 30 anos, tem pouco dinheiro no bolso, daí porque quase sempre carregam sua própria bebida, preferencialmente um destilado forte que misturam com refrigerante quente e barato, são do sexo supostamente masculino e não andam na companhia de mulheres. Quando estacionam o veículo, pouco ou nada gastam no estabelecimento escolhido. Após ligarem o som, ficam tremelicando defronte as caixas como saguis com Mal de Parkinson e as únicas mulheres que se aproximam são periguetes a fim de beberem de graça.
Em resumo: a grande maioria destes proprietários tem um distúrbio sexual secreto, são impotentes ou preferem companhia do mesmo sexo. Querem, na verdade, vingarem-se de toda sociedade que culpam por suas frustrações amorosas e sexuais.
O Poder Público precisa intervir para controlar estes sociopatas, que são portadores de desprezo pelas normas sociais, indiferentes aos direitos e sentimentos dos outros, possuidores de um comportamento agressivo e impulsivo. Basta adequar o Código de Postura Municipal para coibir esta praga cada vez mais comum em nossas cidades, agora alastrando-se para o interior, criminalizando esta prática nefasta, idiota e doentia.
* Arthur Teixeira Junior é funcionário público
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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