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Os sindicalistas dificultam a vida dos trabalhadores


Júlio César Cardoso*

Arevista Veja desta semana traz excelente matéria abordando “o engessamento dos empregos”.Um artigo acrescentado à CLT, no fim do ano passado, afirma que a utilização de celular e de e-mail para tratar de assuntos do emprego caracteriza relação de trabalho mesmo fora do ambiente da empresa. Tal artigo abre uma brecha para ainterpretação de que o uso de celular ou e-mail, mesmo que de forma pontual, configura jornada suplementar, o que pode acarretar custos enormes de horas extras – escreveu Veja.

A matéria chama atenção para o grau de incompetência de nosso Congresso Nacional, eivado de ex-sindicalistas em desempenho de mandatos, com ideias retrogradas diante do desenvolvimento tecnológico do trabalho. Os pelegos (ex) sindicalistas comportam-se como se estivessem na época de Getúlio Vargas, em que o patrão, considerado rico, queria explorar o trabalhador. Esquecem-se de que estamos em pleno século 21, em que as relações trabalhistas deveriam ser as mais amplas e flexíveis para que o mercado de trabalho não fosse um obstáculo, mas o caminho natural do desenvolvimento do país onde patrão e trabalhador pudessem ajustar os seus interesses.

Como muito bem escreveu a revista Veja: “Sob pretexto de proteger os funcionários, nova lei ameaça criar entraves à saudável expansão do trabalho feito em casa. Hoje, os funcionários de uma empresa moderna precisam estar conectados – com seus chefes, colegas e clientes. Essa tecnologia, além da interconexão, permite que um número crescente de pessoas trabalhe, ao menos em parte de seu expediente fora do escritório. Estima-se que 11 milhões de brasileiros sejam adeptos do “teletrabalho”, como é conhecida a prática de trabalhar em casa.Mas que uma comodidade para os funcionários, essa prática está associada, em diversos países, ao aumento da produtividade. Os empregados deixam de perder horas preciosas e desgastantes no trânsito e podem ficar mais perto de seus familiares.”

Mas os inflexíveis e incompetentes legisladores (ex) sindicalistas, de visões obtusas, não têm inteligência necessária para enxergar os avanços das relações trabalhistas em nosso tempo, e continuam dificultando a vida dos trabalhadores. E assim, em plena era do desenvolvimento tecnológico, o uso de celular e e-mail, em casa, para tratar do trabalho, poderá ser considerado como hora extra.

Senhores parlamentares (ex) sindicalistas, segundo o Fórum Econômico Mundial, entre 142 nações avaliadas, o Brasil fica na posição de número 121 no que diz respeito à flexibilidade das leis trabalhistas. Enquanto isso, três em cada dez trabalhadores seguem na informalidade – informa Veja.

Lamentavelmente, o país é inviabilizado pela gestão de um Parlamento inflado, incompetente e caro, onde os parlamentares (ex) sindicalistas desfrutam o cabide de emprego político e dificultam a vida dos trabalhadores brasileiros.

*Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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