*Clemilton Queiroz
A entrada do Firmino Filho na política já foi uma incongruência. Inexperiente, sem militância política e excessivamente tecnicista, entre tantos políticos que cercavam Chico Gerardo na Prefeitura de Teresina, substituto imediato do prefeito Wall Ferraz - que, diga-se, queria como candidato o João Alberto -, de repente foi alçado como o seu sucessor nas eleições municipais de 1996. Eleito prefeito, assumiu a gestão político-administrativa da Capital que, na seara política, cometeu um rosário de contradições. Tanto que, até outro dia, sem mais nem menos, estava isolado politicamente no ninho tucano, começando tudo de novo com a eleição de vereador de Teresina nas eleições de 2008 e que culminou com o seu mandato de deputado estadual em 2010.
Observando bem a sua trajetória política, em 1998, já querendo ser líder político estadual tramava eleger dois deputados federais tucanos (Ubiraci Carvalho, então secretário de educação do governo Mão Santa, e B. Sá) e exatamente por isso construiu uma coligação com o Partido dos Trabalhadores (PT). Nessa coxa de retalhos ideológica FHC x Lula elegeu-se para a Câmara Federal no mesmo pleito eleitoral o petista Wellington Dias que, sabiamente, soube aproveitar politicamente o mandato - somado ao vacilo do Firmino que deixou órfão a oposição - para candidatar-se ao Governo do Estado nas eleições de 2002 onde saiu fragorosamente vitorioso ao Palácio de Karnak.
Mas não ficou só nisso, em 2006, os líderes do decadente PFL, hoje DEM (partido político que já mudou de nome quatro vezes e não tem jeito), pensaram que Firmino Filho manteria uma postura política mais previsível e achava que contaria com ele nas eleições majoritárias daquele ano. Ledo engano, Firmino mais uma vez surpreendeu a todos e lançou-se suicidamente candidato a governador do Estado e ainda arrastou consigo para a humilhante derrota o ex-senador Freitas Neto. Em 2010, mais uma vez se precipitou, pois depois de rejeitar o PFL em 1998, de se aliar ao PFL em 2002 e rejeitar novamente o PFL em 2006, foi atrás do DEM (ex-PFL) em 2010 para compor a aliança da candidatura de Sílvio Mendes.
*Clemilton Queiroz é membro da Executiva Estadual do PT
A entrada do Firmino Filho na política já foi uma incongruência. Inexperiente, sem militância política e excessivamente tecnicista, entre tantos políticos que cercavam Chico Gerardo na Prefeitura de Teresina, substituto imediato do prefeito Wall Ferraz - que, diga-se, queria como candidato o João Alberto -, de repente foi alçado como o seu sucessor nas eleições municipais de 1996. Eleito prefeito, assumiu a gestão político-administrativa da Capital que, na seara política, cometeu um rosário de contradições. Tanto que, até outro dia, sem mais nem menos, estava isolado politicamente no ninho tucano, começando tudo de novo com a eleição de vereador de Teresina nas eleições de 2008 e que culminou com o seu mandato de deputado estadual em 2010.
Observando bem a sua trajetória política, em 1998, já querendo ser líder político estadual tramava eleger dois deputados federais tucanos (Ubiraci Carvalho, então secretário de educação do governo Mão Santa, e B. Sá) e exatamente por isso construiu uma coligação com o Partido dos Trabalhadores (PT). Nessa coxa de retalhos ideológica FHC x Lula elegeu-se para a Câmara Federal no mesmo pleito eleitoral o petista Wellington Dias que, sabiamente, soube aproveitar politicamente o mandato - somado ao vacilo do Firmino que deixou órfão a oposição - para candidatar-se ao Governo do Estado nas eleições de 2002 onde saiu fragorosamente vitorioso ao Palácio de Karnak.
Imagem: ReproduçãoClemilton Queiroz e sentado ao seu lado o deputado Cícero Magalhães
Nas eleições estaduais de 2002, o prefeito Firmino Filho cometeu uma sucessão de erros e infantilidades políticas. Já em 2001, com a cassação do mandato do governador peemedebista Mão Santa, Firmino Filho, como um rebelde sem causa, virou “cara pintada” e saiu nas ruas de Teresina gritando o bordão “OLIGARQUIA NUNCA MAIS!” referindo-se aos adversários de Mão Santa, capitaneado por Hugo Napoleão. Ainda em 2002, o deputado Wilson Martins, como prócer do PSDB por ser o seu presidente estadual, pretendia lançar-se a candidato ao Governo do Estado e que foi preterido por Firmino Filho que, em entrevista, quando tentava explicar a sua não-candidatura ao governo, disse possuir quatro nomes para a disputa de Governador: B. Sá, João Vicente Claudino, Kleber Eulálio e Marcelo Castro, mas na hora agá abandonou todo mundo e surpreendentemente apresentou o então vereador tucano Fernando Said como vice-governador na chapa encabeçada pelo oligarca (assim classificado pelo Firmino) Hugo Napoleão.Mas não ficou só nisso, em 2006, os líderes do decadente PFL, hoje DEM (partido político que já mudou de nome quatro vezes e não tem jeito), pensaram que Firmino Filho manteria uma postura política mais previsível e achava que contaria com ele nas eleições majoritárias daquele ano. Ledo engano, Firmino mais uma vez surpreendeu a todos e lançou-se suicidamente candidato a governador do Estado e ainda arrastou consigo para a humilhante derrota o ex-senador Freitas Neto. Em 2010, mais uma vez se precipitou, pois depois de rejeitar o PFL em 1998, de se aliar ao PFL em 2002 e rejeitar novamente o PFL em 2006, foi atrás do DEM (ex-PFL) em 2010 para compor a aliança da candidatura de Sílvio Mendes.
Imagem: Foto: ReproduçãoFirmino Filho
Eleito deputado estadual em 2010, inicia o seu mandato se declarando opositor do governador Wilson Martins. A quem no TRE o seu partido denunciou por praticar abusos na eleição. Por isso o seu primeiro ato foi contra o logotipo do governo Wilson Martins por achar que era uma marca pessoal, subliminar, e que o correto seria adotar o brasão do Estado. Em atitude louvável, cria o Promessômetro para fiscalizar o governo Wilson Martins, mas inexplicavelmente o tal Promessômetro deixou de existir. Para piorar as coisas, e em derrocada crise de identidade, o Firmino veta na Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa para agradar Wilson Martins o Projeto de Lei que utiliza o brasão do Estado como logomarca de autoria do deputado tucano Marden Menezes que inclusive recebeu a sua orientação, tendo em vista agora seduzir o governador Wilson Martins para apoiar a sua candidatura em 2012. Fica patente que Firmino Filho não tem coerência política e que tem dificuldades de convivência até com os seus correligionários de partido. Assim, é como disse o deputado Fábio Novo: “Firmino se faz de vítima, e deveria fazer um curso de ator dramático”, porque representa muito bem um papel criado na utopia da sua imaginação do que defende os dramas reais do povo piauiense. *Clemilton Queiroz é membro da Executiva Estadual do PT
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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