A caminho de completar três meses no cargo, até aqui o governador Wilson Martins tem sido mais penalizado do que beneficiado pela chegada ao poder. Antes disso, ele tinha uns 20% de participação na administração estadual, não respondia pelos atos do governo e vivia politicamente sem desgastes.
Com a sua chegada ao governo, muita coisa mudou. Ele deixou de ser uma expectativa, passou a responder diretamente pelos atos do governo, numa gestão engessada, e continuou com os mesmos 20% de mando na administração estadual. O restante continuou nas mãos de petistas e aliados, nos quais ele não pode mexer.
Como se sabe, Wilson assumiu o governo já nos 45 minutos finais, depois que o governador Wellington Dias, num lance inesperado, decidiu renunciar para concorrer ao Senado. Dias antes, Wellington jurara que ficaria no mandato até o fim. Por conseguinte, Wilson era carta fora da sucessão, como governador.
Wellington, depois de fazer o seu vice se sentir completamente fora do jogo, na jogada seguinte entregou-lhe o governo, na condição de ele não mudar nem guarda de quarteirão. Assim vem sendo feito. Os próprios correligionários de Wilson estão desapontados, pois não têm no governo o espaço que imaginavam ter com a ascensão de Wilson Martins.
Dessa forma, com aperto financeiro, um custeio pesadíssimo da máquina e os cargos no governo preenchidos por aliados, Wilson ficou sem margem de manobra. O resultado é que o seu bloco político não cresceu. Depois de ficar dois meses hibernando, começou a sofrer baixas, como a do PDT, que migrou para o palanque do PTB.
O PT, o maior beneficiário da administração estadual, pois continua com os melhores cargos do governo, ainda não deu a contrapartida. Ao contrário, desde a posse de Wilson, só tem criado dores de cabeça para o governador, que assumiu com um discurso de continuidade e, querendo ou não, para o bem ou para o mal, vai ter que engolir os petistas como eles são até o fim.
*Zózimo Tavares é jornalista e editor chefe do Diário do Povo
Com a sua chegada ao governo, muita coisa mudou. Ele deixou de ser uma expectativa, passou a responder diretamente pelos atos do governo, numa gestão engessada, e continuou com os mesmos 20% de mando na administração estadual. O restante continuou nas mãos de petistas e aliados, nos quais ele não pode mexer.
Como se sabe, Wilson assumiu o governo já nos 45 minutos finais, depois que o governador Wellington Dias, num lance inesperado, decidiu renunciar para concorrer ao Senado. Dias antes, Wellington jurara que ficaria no mandato até o fim. Por conseguinte, Wilson era carta fora da sucessão, como governador.
Wellington, depois de fazer o seu vice se sentir completamente fora do jogo, na jogada seguinte entregou-lhe o governo, na condição de ele não mudar nem guarda de quarteirão. Assim vem sendo feito. Os próprios correligionários de Wilson estão desapontados, pois não têm no governo o espaço que imaginavam ter com a ascensão de Wilson Martins.
Dessa forma, com aperto financeiro, um custeio pesadíssimo da máquina e os cargos no governo preenchidos por aliados, Wilson ficou sem margem de manobra. O resultado é que o seu bloco político não cresceu. Depois de ficar dois meses hibernando, começou a sofrer baixas, como a do PDT, que migrou para o palanque do PTB.
O PT, o maior beneficiário da administração estadual, pois continua com os melhores cargos do governo, ainda não deu a contrapartida. Ao contrário, desde a posse de Wilson, só tem criado dores de cabeça para o governador, que assumiu com um discurso de continuidade e, querendo ou não, para o bem ou para o mal, vai ter que engolir os petistas como eles são até o fim.
*Zózimo Tavares é jornalista e editor chefe do Diário do Povo
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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