O presidente Jair Bolsonaro firmou um acordo com o ministro Gilmar Mendes para blindar seu filho, Flávio Bolsonaro, das investigações no Caso Queiroz.
Jair se reuniu durante três dias consecutivos com o advogado Frederick Wassef, que faz a defesa de Flávio Bolsonaro. Depois das reuniões o advogado encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de suspensão dos habeas corpus de Flávio que tramitam no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
- Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão ConteúdoJair Bolsonaro e Gilmar Mendes
Foi aí que o ministro Gilmar Mendes, conhecido por seu alto poder de destruir trabalhos contra a corrupção, entrou em cena. Gilmar não só acatou o pedido da defesa de Flávio como também determinou a investigação de membros do Ministério Público. A decisão de Gilmar beneficia única e exclusivamente o herdeiro do presidente.
No mês de agosto o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, já havia decidido pela suspensão de todas as investigações com dados do Coaf, beneficiando diretamente o filho 01 do presidente.
Bolsonaro está atolado até o pescoço tentando encobrir a lama feita pelo filho. Além do conluio com os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli, o presidente enfraqueceu o Coaf ao mudá-lo de nome para UIF (Unidade de Inteligência Financeira) e varrê-lo para os fundos do Banco Central.
Caro Bolsonaro, você que tanto admira Donald Trump e o patriotismo dos Estados Unidos, deveria tomar para si a maior lição da nação norte-americana. Lá os governantes sérios não encobrem corrupção de seus aliados e nem mesmo dos próprios filhos.
Não foi para isso que o Brasil te elegeu.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
Ver todos os comentários | 0 |