O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu o relatório sobre a morte do sargento J. Oliveira e indiciou seis pessoas pelo latrocínio (roubo seguido de morte) do policial militar, que era lotado no 8º BPM, em Teresina-PI. Dentre os investigados, há dois adultos e outros quatro adolescentes.
À Coluna, o delegado titular do inquérito policial, Bruno Ursulino, afirmou que ao longo da investigação constatou-se a participação de sete criminosos no assalto, frustrado pela reação do policial militar, que conseguiu matar um dos acusados no dia do crime, ocorrido em 09 de dezembro, no bairro Gurupi, zona sudeste de Teresina.
Para o delegado, todos incorreram para o resultado final da ação, que resultou no latrocínio do membro da PM, quatro dias depois no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
“Com o avançar da investigação a gente chegou à conclusão que se trata de um latrocínio e que todos os envolvidos tinham como objetivo assaltar. Para isso, eles se encontravam em um lugar durante a madrugada, reuniram um grupo em que alguns membros, inclusive, já haviam sido presos em ocasiões anteriores, o que demonstram que ele já tem o hábito de agir em conjunto, portanto, partiram para realizar um assalto a dois estabelecimentos. E um desses estabelecimentos o policial militar se encontrava bem na frente. Durante essa abordagem sofrida por ele, a vítima teve que reagir”, explicou o delegado Bruno Ursulino.
Inquérito foi desmembrado
O delegado Bruno Ursulino dividiu o procedimento investigatório em dois, um deles para investigar o latrocínio e o segundo a morte por intervenção policial.
“Diante dessas duas análises, do latrocínio e também diante dessa análise da morte do indivíduo suspeito, a gente separou esse procedimento, fez um para tratar da intervenção policial, que ao final nós já concluímos pela legítima defesa, mesmo que posteriormente com a morte dele fosse configurar a extinção da punibilidade, mas a gente entende que antes de falar em punibilidade a gente já deveria falar na legítima defesa. Em relação ao procedimento que gerou a morte do policial militar fica o latrocínio, onde nós temos um envolvimento de sete indivíduos, sendo três maiores de idade e quatro menores. Dos três maiores, um morreu no local, o outro se encontra preso e o outro se encontra foragido. Em relação a situação dos menores, a gente aguarda o retorno da Justiça, porque todos os pedidos pertinentes já foram realizados pela nossa equipe. Os inquéritos já foram encerrados, encaminhados para Justiça e o auto de infração também já está sendo encerrado”, finalizou o delegado Bruno Ursulino.
Rapidinhas
Vítima de linchamento foi perseguida antes de ser morta
O delegado Danúbio Dias, titular da 2ª Delegacia de Homicídios do DHPP, disse à Coluna que antes de ter sido assassinado na noite desse domingo (22), na Vila Irmã Dulce, Pedro José de Oliveira teria assediado várias mulheres em um bar, além da uma criança. Revoltados com a situação, ele deixou o local, mas foi perseguido e espancado até a morte.
“O que sabemos é que por volta das 23h o Departamento de Homicídio foi acionado, sob a informação de que um rapaz foi perseguido e linchado. No local, o DHPP obteve a notícia de que a vítima, antes de ser assassinada, estava em um bar e lá, embriagada, começou a mexer com algumas mulheres que frequentavam o local e, além disso, teria assediado uma criança. Isso provocou uma revolta. Provavelmente a vítima percebendo a situação, fugiu mas foi alcançada por populares, que acabaram agredindo-a até a morte. Não sabemos se as pessoas que começaram a agredi-lo são os clientes do bar ou se algum popular que presenciou assédio ou teve conhecimento da situação”, explicou o delegado Danúbio Dias.
Testemunhas serão convocadas
Em que pese a situação abominável, digna de toda reprimenda, a autoridade policial terá que identificar as pessoas envolvidas na morte de Pedro José de Oliveira. O caso será tocado com todo critério exigido, a fim de que a Polícia Civil entregue ao Judiciário o relatório final do homicídio.
Mulher que morreu na BR 343 em Teresina está sem identificação no IML
A vítima de um grave acidente envolvendo um carro de passeio modelo Fiat Uno e uma motocicleta Honda Biz, registrado na madrugada deste domingo (22), na BR 343, em Teresina, ainda não foi identificada.
Conforme as informações repassadas pela Polícia Rodoviária Federal no Piauí, os dois veículos colidiram frontalmente por volta das 02h. Devido ao forte impacto do acidente, a mulher que conduzia a motocicleta morreu na hora.
Uma equipe do Instituto de Medicina Legal (IML) está tentando localizar alguém que possa reconhecer o corpo e acionar os familiares, a fim de realizar a liberação.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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