Reproduzo na íntegra carta envaida por um aluno do Campus da Uespi de Corrente ao reitor Nouga Cardoso denunciando práticas de autoritarismo, perseguição e humilhação junto ao corpo docente, dicente e funcionários técnico-administrativos daquela unidade de ensino superior.
Reitor da Uespi Nouga Cardoso
“Prezado reitor, há pouco mais de um mês atrás o Conselho do Campus de Corrente votou e deliberou, por maioria de votos, a substituição da diretora Mirian Folha, não por motivos pessoais, políticos ou partidário, mas sim pela péssima gestora que é. Atribui-se também autoritarismo, perseguição, humilhação de professores, humilhação de aluno em sala de aula, desrespeito para com os conselheiros, falta de transparência com o que diz respeito ao campus de Corrente, etc.
Ficou claro o pedido da maioria do Conselho, SUBSTITUIÇÃO e buscou-se assim um nome para ser colocado à disposição do Conselho.
O professor Sammy, uma excelente pessoa, querido por muitos, mas não quis colocar-se à disposição.
Professor Hermógenes, de inteligência ímpar, bom orador, percebe rápido as coisas em sua volta e com facilidade busca uma solução, também se absteve de concorrer ao cargo da diretoria.
Professor João Batista, praticamente uma unanimidade no campus Corrente, consciente das dificuldades do Campus, firme em suas decisões e atencioso com todos os que buscam conselho. Sem dúvida seria um ótimo diretor, também não quis, unicamente por motivos particulares, mas deixou claro que em últimos casos se disponibilizaria ao cargo.
Professor Manoel Holanda, jovem, querido pelos seus alunos, consciente dos problemas do campus de Corrente, ávido em ajudar, deixa claro que gostaria que em Corrente fosse o mais parecido possível com um Campus de universidade, assim como é em Teresina.
Se colocou à disposição ao cargo de diretor e deixou claro que, em sua opinião, quem manda na UESPI não é o diretor, mas todos, independentemente de quem é contra ou a favor dele. Sua missão seria fazer uma UESPI de todos, alunos e professores, colegiado e Conselho.
Sem partido ou tendência partidária ele acabou conquistando apoio de mais da metade do Conselho - houve aí um consenso.
Quando foi colhida assinatura de 14 membros do conselho, de um total de 22 para colocar seu nome em votação, eis que acontece uma reviravolta.
Miriam Folha, que sempre falou que pelo bem da UESPI se necessário, deixaria a direção, fez de tudo para se manter no cargo, trocou conselheiros que eram contra ela, desrespeitando o art.27 e 28 do regimento interno do conselho campus Corrente, trocando representantes de sala, prometendo regalias, ferindo a palavra DEMOCRACIA.
O senhor resolveu interceder, buscando uma consulta entre alunos e professores e assim, nomear o novo diretor, alegando ser mais democrático.
Ficaríamos felizes se isso fosse com a maioria absoluta de alunos e professores presentes no campus, sem dúvida. Que fosse formado uma comissão fiscalizadora na “votação”, que desse tempo para os candidatos exporem suas ideias de sala em sala, mas não...
A “consulta” será no dia em que o Campus vai estar praticamente vazio, dia de jogo do Brasil nas quartas de finais da copa do mundo, a “consulta” vai ser pela parte da manhã, não dando chance para os alunos do período noturno, a “consulta” será na última semana letivo, quando não comparece nem um terço dos alunos e o mais incompreensível, tudo feito e organizado pela própria Mirian!!!
Onde está a democracia disso? Onde está sua neutralidade? Onde está a transparência? A legitimidade?
É por isso, caro reitor, que ninguém se inscreveu para o cargo. Todos sabem que é um jogo de cartas marcadas e carece de legitimidade. É por isso, reitor, que foi acordado em reunião do Conselho pela substituição de todos os conselheiros, ninguém quer mais participar desse teatro armado.
É por isso sr.Nouga Cardoso Batista, que eu não vou sujar minhas mãos, nem minha consciência indo votar numa farsa, numa mentira, onde não haverá ampla maioria, apenas a minoria levada pela única candidata.
Engraçado... foi solicitado substituição de diretor e ela será substituído por ela mesma?
Ela que vivia falando que não se apegava ao cargo, que queria o melhor para a UESPI e agora não quer desgrudar da direção. Que o dia em que sentisse que o Conselho não a apoiava mais tomaria a iniciativa de sair da direção. E por sua iluminada decisão, caro reitor, estaremos como antes, sem chances para mudar o destino desse Campus, com uma pessoa ávida de vingança. Ontem, em minha sala, uma simpatizante dela propôs refazer eleição para me substituir, alegando que a diretora Miriam Folha deixa de dar regalias para a sala por ser eu o representante, que a sala seria prejudicada se não fizesse nova eleição. Pois bem, foi feito, essa simpatizante da diretora se colocou como candidata e eu também, ganhei por maioria, o que demonstra que alunos da UESPI não se acovardam, não se corrompem, “verás que um filho seu não foge à luta”. Pois bem, se é pela força dos alunos que iremos fazer justiça e democracia, estaremos implantando no segundo semestre um Centro Acadêmico e DCE, nossas vozes serão ouvidas...
Enfim, essa é sua diretora, caro reitor, e essa é a verdade que se passa aqui.
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*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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