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Colunista Herbert Sousa (in memory)
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Descaso da prefeitura de Batalha faz alunos assistirem aulas em casa de farinhada


Cerca de 30 crianças estão assistindo aulas em uma casa utilizada para produção de farinha de mandioca na zona rural de Batalha. Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserm), duas salas da Escola Municipal Artur Lopes Alves estão em reformas e por isso os alunos do quinto e sexto anos foram levados para o local improvisado.
Imagem: ReproduçãoCasa de farinhada improvisada como sala de aula em Batalha(Imagem:Reprodução)Casa de farinhada improvisada como sala de aula em Batalha

A prefeitura do município dividiu a casa de farinhada com tapumes para que duas turmas estudassem no espaço. A professora Shammara Maria leciona em uma das salas improvisadas e reclama da estrutura. Segundo ela, algumas crianças só não assistiram aula em pé porque tiveram que pegar carteiras no prédio em reforma.

“As dificuldades são muitas, a começar pelo desconforto, falta quadro negro e outros equipamentos. Aqui tudo é improvisado, como não tem quadro se escreve na tábua de madeira ou papel madeira. Além disso, o barulho incomoda porque enquanto estou falando sobre um assunto a professora da sala ao lado trata de outro conteúdo. Também ficamos sem merenda escolar durante uma semana”, descreve.
Imagem: ReproduçãoPrefeita Teresinha Lages(Imagem:Reprodução)Prefeita Teresinha Lages

De acordo com o Sindserm, os trabalhos escolares estão sendo conduzidos de forma precária desde o dia dez de fevereiro, quando iniciou o período letivo em Batalha. Membros do Conselho Municipal do Fundeb fizeram uma vistoria no local e apresentarão um relatório à Secretaria Municipal de Educação.

A secretária municipal de Educação, Elina Cecília de Melo, justificou o fato das aulas serem lecionadas em uma casa utilizada para produção de farinha de mandioca como uma situação provisória.

“É preciso deixar claro que a decisão de colocar os alunos naquele lugar foi tomada junto com os pais. A prefeitura fez uma reunião com os responsáveis e explicou que se os alunos não fossem destinados para aquele lugar ficariam sem assistir aulas neste período. Não temos na comunidade outro lugar para colocar estes alunos. Eles ficarão lá, até que a reforma das salas de aulas termine. É uma situação que será resolvida em breve”, garantiu a secretária.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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