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Colunista Herbert Sousa (in memory)
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Com emprego vitalício e salários de marajás, alguns conselheiros do TCE não falam sobre seus atos


Historicamente dominado por famílias tradicionais que se instalaram na capital ainda no tempo da monarquia, os ventos democráticos do Piauí não tem soprado com a velocidade que a população necessita. A novidade é que os dominadores não são mais os fazendeiros protegidos pela "Coroa" ou os filhos destes. Uma outra casta, se dizendo sofisticada e "preparada", tomou conta de setores públicos com a mesma arrogância com que os serviçais dos portugueses viam a coisa pública. É triste, mas é verdade.
Imagem: Francyelle EliasConselheira Waltânia Maria(Imagem:Francyelle Elias)Conselheira Waltânia Alvarenga
A nova casta também tem espírito de donos de senzalas e loteiam os espaços sobre os quais avançam, quase sempre beneficiados pelas velhas regras, com um apetite muito mais voraz que os "coroneis" do passado, criando a seguir verdadeiros "estereótipos" para comportamentos futuros travestidos de patrocinadores da nova ordem.

O exemplo mais ruidoso dessa metamorfose nos dias de hoje é o comportamento de alguns conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, que estão dando verdadeiras aulas da história mais atrasada deste Piauí velho cansado de guerra. A ainda presidente do órgão, por lei um auxiliar da Assembleia Legislativa do Estado, acha que o emprego vitalício lhe permite dizer o que lhe interessa e se negar a explicar o que lhe contesta.

Para justificar o injustificável, que é a demora do TCE em declarar a vacância de um cargo que está vago há um mês, Waltânia Alvarenga utilizou sua assessoria para elaborar uma nota cheia de contradições e não muito bem escrita. Quando procurada para ser questionada sobre outra maneira de agir em circunstâncias idênticas à de hoje, como no caso do já aposentado conselheiro Sabino Paulo, de maneira não muito tolerante mandou a mesma assessoria claudicante dizer que não falaria sobre o assunto.

Waltânia Alvarenga talvez não saiba, mas quem tem um emprego vitalício com salário astronômico, expediente em ambientes refrigerados e poucas horas de despachos por dia, sem falar nas folgas e nas diárias, deveria pelo menos dar explicações sobre seus atos uma vez ou outra.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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