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Colunista Herbert Sousa (in memory)
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Ataques contra Aécio mostram que Lula chamar a "mídia de golpista" pode ser teatro combinado


Das duas, uma: ou a mídia brasileira tem uma paixão imensa por Lula e gosta quando ele a chama de golpista, ou tudo faz parte de uma peça de teatro para disfarçar que, na verdade, a grande maioria dos grandes veículos de comunicação do país está mesmo é fechada com o PT. Uma não muito demorada avaliação do volume de notícias contra Aécio Neves nesta eleição do segundo turno sugerem que se for golpista, a imprensa o faz para beneficiar o PT.

Nos últimos dois dias são impressionantes os volumes de notícias negativas contra Aécio Neves. Na edição de ontem, terça-feira, o site da Folha de São Paulo, por exemplo, trouxe na cabeça da página exatas cinco informações negativas para o presidenciável do PSDB. A benevolência de pelo menos 80 por cento da imprensa nacional com a candidatura de Dilma Rousseff chega a ser revoltante.

Curiosamente a Rede Globo de televisão tentou massificar os números da pesquisa do Datafolha, o mesmo instituto que errou vergonhosamente o resultado do primeiro turno da eleição, dando em destaque em todos os seus noticiários que Dilma ultrapassara Aécio Neves. Interessante é que o Instituto Sensus, um dos mais sérios do país, que acertou todos os resultados do primeiro turno, não consegue repercutir seus levantamentos na grande rede.

De repente todo mundo parou de fazer levantamentos sobre a corrupção na Petrobras, não noticiou a posição da direção do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, não esclarece à população brasileira que a Justiça é responsável por mandar prender, soltar ou manter presas as pessoas acusadas de crimes, nem se dar ao trabalho de checar se são verdadeiras as afirmações feitas por Dilma durante os debates.

Parece até que a estratégia para fazer de conta que as grandes redes não estão a favor da candidatura do Governo é Lula ficar chamando a ‘mídia de golpista’. Até o momento, os veículos nacionalmente que parecem não ter entrado na roda, são as revistas Veja e Istoé. O resto, basta avaliar criteriosamente.


*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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