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Colunista Herbert Sousa (in memory)
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Privatizar a Agespisa depois de anos de saques e más gestões é uma ação que a sociedade não aceita


Funcionários da Agespisa e membros do Sindicato dos Urbanitários realizaram hoje (04) uma manifestação e em seguida uma passeata que saiu da sede do órgão e foi até a Assembleia Legislativa do Piauí pedindo a saída do atual presidente da empresa Raimundo Nogueira.

Raimundo Nogueira pediu exoneração do cargo no dia 08/11, mas ficou no cargo a pedido do governador Wilson Martins. Em seu pedido de exoneração, Raimundo alegou não mais suportar as pressões devido à má qualidade dos serviços prestados pela Agespisa aos seus usuários.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Raimundo Nogueira Neto(Imagem:Reprodução)Raimundo Nogueira Neto
A Agespisa não consegue suprir a necessidade de abastecimento de água em Teresina, todo dia falta água em todas as regiões da cidade, contudo os usuários não deixam de receber os talões em dia.

Segundo Raimundo Nogueira, a empresa tem um déficit de R$ 1 bilhão e não tem capacidade de cumprir o contrato de concessão firmado com a prefeitura de Teresina este ano, no entanto recentemente a prefeitura de Teresina renovou contrato de concessão de exploração por parte da Agespisa - de forma não clara, por mais 35 anos, quando o normal seria de 20 anos.

Privatização da Cepisa

Vamos relembrar o caso da privatização da Cepisa, quando aqueles que defendiam a privatização dela alegavam que iria trazer grandes benefícios para a população do Piauí, o que ocorreu foi o contrário.

Hoje o Piauí sofre com uma má qualidade nos serviços prestados pela Eletrobrás, onde a falta de energia é constante em todo o estado e a qualidade da energia oferecida ao Piauí é tão ruim, que fica inviável a instalação de novas empresas no Estado.

De volta a Agespisa

Segundo os funcionários da Agespisa, o interesse do presidente Raimundo Nogueira é a de privatizar apenas a parte lucrativa da empresa.
Imagem: Brunno Suênio/GP1Faixa de protesto contra o presidente da Agespisa(Imagem:Brunno Suênio/GP1)Faixa de protesto contra o presidente da Agespisa
De acordo com o Vice-presidente do Sindicato dos Urbanitários, Francisco Ferreira de Sousa, a privatização não é a melhor saída para resolver os problemas da Agespisa. "Existem recursos na ordem de R$ 500 milhões para serem aplicados na melhoria do abastecimento de água em várias regiões de Teresina. Sabemos que esses projetos de privatizar companhias públicas de água e esgoto de cidades como Manaus e Cuiabá foram um desastre. Tanto que o Governo interveio e as empresas voltaram a ser geridas pelo poder público. Por que aqui a privatização daria certo? A população vai ser a maior prejudicada com essa política do governo, pois os serviços serão os piores possíveis e as tarifas serão exorbitantes", afirmou Francisco Ferreira.

Francisco Ferreira ainda acrescentou: "Privatizar a Agespisa, depois de anos de saques e más gestões, é uma ação que a sociedade não aceita".
Imagem: Brunno Suênio/GP1Manisfestantes em caminhada exigindo a saída o presidente da Agespisa(Imagem:Brunno Suênio/GP1)Manisfestantes em caminhada exigindo a saída o presidente da Agespisa

Fantasmas

Os fins justificam os meios?!. Fico a indagar se os dois acidentes na Estação de Tratamento de Água - ETA, foi realmente "acidente" ou se não teria sido deliberado para poder criar a "estória de uma Agespisa falida" e depois privatizá-la.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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