PF investiga criação de "construtoras fantasmas" no Piauí

A Polícia Federal no Piauí está investigando denúncia formalizada por um ex-prefeito (o nome é resguardado por questões de segurança) de que um esquema que cria construtoras fantasmas, algumas em nome de "laranjas" até de próprios gestores, que têm fraudado licitações em prefeituras do sul do Estado.

O GP1 teve acesso a denúncia do ex-prefeito, que fornece detalhes da maneira como operam os fraudadores. Um contador denunciado já foi apanhado em operação, mas por utilizar notas fiscais frias para fraudar pagamentos de obras que jamais foram realizadas.

EXCLUSIVAS

Locadoras
O ex-prefeito também denunciou que a quadrilha utiliza locadoras fantasmas para conseguir vantagens. Segundo a denúncia, uma das locadoras está no nome de familiar de um dos gestores.

Campanha financiada
O ex-prefeito denunciou que a campanha de 2012 de uma prefeita do sul do Estado foi financiada com pelo menos R$ 700 mil obtidos pelo esquema mediante fraudes na criação de construtoras.

Sede em Oeiras
Uma das construtoras criadas, segundo o ex-prefeito, tem endereço na cidade de Oeiras, mas não há indícios de que o esquema tenha operado naquele municiípio.

Recursos da Codevasf
Em uma das operações os recursos desviados eram originários da Companhia do Vale do São Francisco e serviriam para a construção de um sistema de abastecimento em várias localidades de um município.

Operação geleira
Na denúncia do ex-prefeito constam nomes de pessoas que foram investigadas na "Operação Geleira" deflagrada há algum tempo pela Polícia Federal e que prendeu alguns gestores.

Para limpar o nome
No segundo depoimento que prestou a investigadores da chamada "Operação Mercedes", o acusado Kaká, no dia 9 de setembro deste ano, disse que "Roberto Alber tinha como criar outros CPFs para limpar o nome do interrogado".

Levantamento do escore
De acordo com o depoimento de Kaká, limpar o nome servia para "levantamento do seu escore", utilizado pelos bancos para aumentar os créditos dos clientes".

Mistério sobre mandante da morte de Darlan
Ocorrida na última sexta-feira, quando ele fazia compras numa loja de rações, em José de Freitas, a morte do traficante Darlan Araújo está sendo investigada na linha de crime de encomenda.

Queima de arquivo
Em José de Freitas os comentários são praticamente os mesmos sobre a origem do crime: queima de arquivo ou vingança contra o traficante.

Muitos suspeitos
Para a Polícia é difícil determinar de onde partiu a ordem para executar Darlan porque o seu envolvimento com o crime sugere que muitas pessoas tinham interesse na sua morte.