A reação da deputada Iracema Portella (PP) a comentários indignados pronunciados por um cidadão do povo, na última terça-feira, no aeroporto de Teresina, enquanto se esperava o pouso do avião que trazia a Teresina a Presidente Dilma Rousseff ("é melhor chamar a Polícia para prender esse ai"), e a sua resposta a questionamento de uma repórter deste portal ("essa frase nem me incomodou") são decepcionantes, na verdade, mas contribuem com alguma coisa: daqui para frente a população não terá mais dúvidas de que a Câmara Federal está repleta de parlamentares que se preocupam mais com o próprio status do que com as angustias da população.
A reação da deputada é um retrato de grande parte da Câmara Federal.
A revolta do cidadão, que com certeza não merecia ser preso como desejava Iracema, poderia muito bem ter sido aproveitada por ela para nortear a sua atuação na Câmara Federal, não muito destacada até aqui, segundo avaliação dos organismos que acompanham o desempenho dos parlamentares brasileiros.
Na Câmara é considerado tímido o desempenho da mulher do senador Ciro, ainda mais quando comparado com o de sua mãe, Miriam, que num passado não tão distante mereceu elogios pelas posições que adotou em defesa da maioria da população mesmo sendo originária de bases tidas como conservadoras.
Ao tempo em que foi deputada federal, dona Miriam nunca demonstrou intolerância às manifestações populares e se entrosou com os grupos mais progressistas da Câmara numa época em que ainda não era tão confortável defender essas posições.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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