Wilson usa nomes de confiança no secretariado para cumprir promessa e negocia os definitivos

Os substitutos dos petistas e petebistas são todos de confiança do Governador e foram colocados nas posições sabendo que não ficarão definitivamente, com raríssima exceção. São técnicos preparados politicamente que entendem que Wilson precisava cumprir o que anunciar (substituir os dissidentes no dia 2) e que não teve tempo para negociar detalhadamente com o leque de partidos que devem apoiar o seu projeto.

Vão ficar nos cargos por no máximo um mês, embora entre eles existam quadros que reúnam todas as condições para desempenhar com competência as funções, como João Alberto, ex-secretário de Elmano Ferrer na Prefeitura de Teresina, que substituiu Merlong Solano na Secretaria das Cidades.
Além das ligações com o ex-prefeito Elmano, Alberto pode ter a simpatia de um forte núcleo do PTB que estaria insatisfeito com o senador João Vicente Claudino.

O certo é que Wilson agora tem tempo para conversar com os partidos. Ele aguarda o retorno do deputado estadual petista Henrique Rebelo, para saber a sua posição porque existem rumores de que o parlamentar poderia indicar o novo Secretário de Justiça até o fim do mandato com o compromisso de voltar para a pasta por mais quatro anos no caso de vitória do candidato de Martins.

Na visita que fez à ponte Juscelino Kubtshek na manhã de ontem o governador Wilson calculou o recado que mandaria para Wellington Dias, materializado nas presenças do deputado federal Osmar Junior, presidente do PC do B, dos deputados estaduais Robert Rios e Flávio Nogueira, do PDT, e do presidente do PR, Fábio Xavier, que é candidato a deputado estadual e pastor Gessivaldo do PRB.

Pelo quadro que se desenha, Wilson Martins começa a desenvolver o seu "rolo compressor".