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Colunista Feitosa Costa
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Confira os quatro cenários eleitorais que podem definir o futuro político do vice-governador Zé Filh


Para muitos estudiosos o Florentino Nicolau Maquiavel é o fundador da moderna ciência política ao escrever, no inicio do século XVI, a sua principal obra, uma cartilha de recomendação sobre como proceder o soberano de seu país, a Itália, em tempos de desintegração. A obra se tornaria mundialmente conhecida como “O Príncipe".

Para outros pesquisadores, Maquiavel jogou na lata de lixo a investigação da virtude, desprezou a missão de justiça e recomendou que os novos candidatos a governantes sejam mal intencionados.

Quem se dedicar com mais tempo à interpretação da obra maquiaveliana sem paixão ou preconceito, porém, chegará à conclusão de que ele utilizou acontecimentos do passado para formular os seus conceitos de república e de Governo e não deixa de sugerir que quanto maior a ambição política maior a frustração.

A partir daí pode se pensar em desenhar um quadro da política piauiense onde muitos de seus protagonistas também são conhecidos por recorrer aos conceitos do florentino, e uns poucos por sequer saberem de quem se trata.

A expressão "maquiavélico" para estes últimos é parecida com a palavra "oligarquia", que para muitos, quando começou a ser utilizada contra o PFL, era sinônimo de um animal peçonhento.
Imagem: Valdomiro GomesZé Filho(Imagem:Valdomiro Gomes)Zé Filho
Conceitos à parte, vamos à lógica sobre as opções de Antônio José Moraes Souza Filho, o vice-governador do Piauí:

- Zé Filho assume o Governo no dia 5 de abril deste ano, arregaça as mangas e trabalha diuturnamente pela chapa encabeçada por Marcelo Castro...

- Zé Filho assume o Governo no dia 5 de abril próximo e fica quieto, indiferente aos candidatos a governador...

- Zé filho, sob a desconfiança de Wilson Martins, não assume o Governo e sai candidato a deputado federal com os olhares carregados de praticamente toda a coligação...

- Zé Filho exerce o papel de um grande ator até abril, assume o Governo e vira a mesa...

O que Maquiavel recomendaria ao vice?

Cenário 1 - Digamos que o vice prefira assumir e comandar a eleição de Marcelo Castro. O que ele ganhará com isso? A indicação de uma pessoa de confiança para o Tribunal de Contas, além da  reeleição da mulher? Raciocinemos que ele aceite isso... depois do primeiro dia de janeiro de 2015 o que ele de fato, na linha mais dura de Maquiavel, representará para a política do Piauí?.

Cenário 2 - E no caso de não assumir o Governo, disputará uma cadeira de deputado federal com imensas chances de se eleger? Não parece uma opção tão ruim, e além disso não teria dificuldade para reeleger a esposa.

Cenário 3 - Passemos a outra hipótese: assume o Governo e surpreende, assumindo uma posição de magistrado, guardião do patrimônio e da isenção do pleito. A quem ele estaria beneficiando com esse comportamento? Resposta: Wellington Dias e João Vicente Claudino.

Cenário 4 - Vamos para frente: se transforma em ator até o próximo mês de abril, conquista a confiança para assumir e, depois, com a chamada caneta na mão, vira a mesa, lançando-se candidato. Nesta última hipótese ele só terá sucesso se o PT bater palmas para o seu ato e oferecer-lhe a candidatura de dona Rejane como vice.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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