Wellington é forte candidato mas nome tradicional como vice ajuda seus adversários

Apesar das críticas que tem recebido de adversários que espalham pelo Estado inteiro que ele quer abocanhar todas as posições importantes para seu grupo mais próximo, o senador Wellington Dias é um candidato muito forte ao Governo e reúne condições para vencer o pleito de outubro. Precisa, porém, tomar muito cuidado com a composição da sua chapa.
Diante das críticas e da estratégia dos adversários, o senador não pode nem pensar em colar ao seu um nome que tenha ligações umbilicais com o atraso e a dominação tão denunciados pelo PT ao longo dos anos. As elites do Piauí, segundo o discurso do partido, alternaram vários clãs tradicionais no poder enquanto o povo ficava à margem, isolado até que esse ciclo fosse rompido por Lula e seus companheiros dos estados.

Essa preocupação existe em setores consideráveis do PT, que defendem um nome para vice mais identificado com lutas sociais, ou pelo menos com reconhecidas posições democráticas. Um nome que não tenha ligações com irregularidades e que possa servir de referência juntamente com o senador.

Dentro dos partidos que cercam Wellington, há, no raciocínio de um petista importante com o qual costumo conversar em confiança, um nome que não seria "tão carregado" para ser lançado como vice: Elmano Férrer. O problema é que ele integra os quadros do PTB, partido que já tem a vaga de senador assegurada e que anuncia a disposição de lançar João Vicente Claudino à reeleição.
Ideólogos da candidatura petista avaliam com muita preocupação a indicação do PP, o partido de Ciro Nogueira, político que nos últimos anos tem frequentado o noticiário nacional com assiduidade mais para dar explicações do que como referência para os jovens que estão chegando na atividade.

Os anos com certeza deram mais experiência ao Senador Wellington Dias. Ele próprio deve conhecer o terreno em que está pisando e muito provavelmente saberá como contornar esse obstáculo.