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Colunista Feitosa Costa
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Polícia procura chefe de quadrilha especializada em assaltar boutiques que atendem políticos e autor


Um homem de 1 metro e 80 de altura, cerca de 90 quilos, branco, um pouco calvo, que costuma utilizar como traje o estilo passeio fino e se porta sempre com muita gentileza, além de falar fluentemente o português, está sendo procurado pela Polícia Civil do Piauí há cerca de 15 dias, como chefe de uma quadrilha que integraria mais quatro outros com perfis parecidos, especializada em ocupar, sem a utilização de violência, boutiques de alto padrão da zona leste de Teresina, que atendem políticos e várias autoridades do Estado, para levar sapatos, calças, camisas e perfumes de grife. No assalto mais recente, para entrar no estabelecimento, ele se fez passar por um juiz.

A última operação da quadrilha comandada por esse homem foi realizada em uma boutique localizada nas imediações do Ibama (o nome não é revelado a pedido da Polícia). Apesar de trabalhar com portas fechadas, atendendo apenas clientes cadastrados, o chefe da quadrilha conseguiu ser introduzido no local sem muita dificuldade, devido a sua elegância e capacidade de argumentação.

Em primeiro lugar ele parou em frente à boutique e desceu de um carro de luxo, tudo para impressionar. Elegantemente trajado, se identificou como um juiz recomendado por amigos e interessado em adquirir calças e camisas. A funcionária do estabelecimento o deixou entrar e uma vez lá dentro, anunciou o assalto e fez entrar três comparsas que aguardavam bem próximo.

Sempre dizendo que ninguém sairia ferido, que não adiantava agitação ou fazer qualquer movimento suspeito, o chefe da quadrilha orientava o recolhimento dos produtos. Em menos de meia hora fizeram uma verdadeira limpeza, levando mercadorias avaliadas em pelo menos 80 mil reais.

Como ele havia prometido ao anunciar o assalto, não houve qualquer tipo de violência ou xingamento às pessoas que se encontravam dentro do estabelecimento. Os assaltantes pareciam conhecer profundamente as marcas de confecções mais caras e entre os poucos comentários que fizeram foi o de que "aqui as coisas não são do Paraguai".

A boutique é realmente conhecida por vender peças autênticas das marcas mais famosas do mundo, acessíveis apenas a gente de classe média alta em diante.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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