Gerente morto do BB de Miguel Alves estava no banco da frente do Siena no colo de um assaltante

O gerente do Banco do Brasil de Miguel Alves, assaltado  na manhã do dia 30 de abril deste ano, Ademyston Rodrigues Alves, de 34 anos, que morreu baleado durante a fuga dos assaltantes, era transportado como uma espécie de escudo no colo de um dos bandidos  no banco da frente do Siena utilizado na fuga e não no banco traseiro.Há evidências de que os policiais que faziam parte das barreiras montadas ao longo do trajeto da fuga não tinham conhecimento desse fato porque teriam recebido por rádio do colega que estava disfarçado em frente a agência a informação de que só havia refens no bagageiro do automóvel.

A descoberta foi feita pelos policiais civis que investigam as circunstâncias em que foi realizada a operação do serviço de inteligência da Polícia Militar, a partir de depoimentos de dezenas de pessoas ouvidas secretamente ao longo dos últimos dias, como os 18 policiais militares, entre soldados, sargentos e oficiais, que prestaram depoimentos de segunda-feira até sexta da semana passada, na Escola de Polícia Civil, no bairro Sacy.

Laudos

Designados em caráter especial pelo secretário de Segurança Pública Robert Rios para comandarem investigações visando esclarecer os fatos, diante de dúvidas que foram levantadas sobre a operação da PM, os delegados Igor Martins Moura e Robert Lavour, concluiram o trabalho de investigação nas últimas horas e esperam apenas os laudos de exames realizados por peritos do Instituto de Medicina Legal da Paraiba, em material coletado do corpo do gerente Ademyston.
Depois de receberem os laudos, os dois delegados farão seu relatório sobre a investigação detalhando os fatos a partir do momento em que o serviço reservado da PM começou a monitorar, ainda numa casa do bairro Sacy, em Teresina, os movimentos dos assaltantes, até o desfecho com a morte de três deles e a do gerente, na saída de Miguel Alves, na estrada que dá acesso ao município de Barras.

Material

Realizada no dia l6 de maio, em Pimenteiras, a exumação do gerente Ademyston foi necessária para a coleta de material das regiões do corpo que apresentavam ferimentos e que passam por exames dos legistas da Paraíba com conclusão para os próximos dias.

De acordo com fonte altamente credenciada ligada de alguma forma a investigação, a Polícia está convencida de que Ademyston era transportado no banco do carona do Siene, no colo de um dos assaltantes mortos depois de cerrado tiroteio. Os investigadores tiveram sua atenção voltada para o fato de não ter sido encontrado no carro, praticamente todo desmontado na pericia criminal, qualquer sinal de bala na lataria em torno do bagageiro.

Os investigadores obtiveram a informação de que um policial do serviço reservado da PM disfarçado de vendedor de CD estava em frente à agência do banco, desde a entrada até a saída dos assaltantes. Esse homem teria visto visto apenas quando os assaltantes colocaram um rapaz no bagageiro, escapando-lhe a visão de que um outro refém, o gerente, havia sido colocado no banco da frente, sentado sobre um dos bandidos, passando para os companheiros a informação incompleta.

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