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Colunista Feitosa Costa
GP1

Caso Fernanda Lages: Câmeras mostraram carro que delegado-geral James Guerra diz não existir


Durante explicações na apresentação do relatório sobre a morte de Fernanda Lages Veras o delegado-geral James Guerra negou a descoberta de um automóvel Fox, cor prata, sem calotas e com suporte de bagagem acompanhando a estudante pouco antes de ela chegar ao prédio do Ministério Publico Federal, mas há informações de que o carro existe e sua passagem logo em seguida ao Uno preto de Fernanda na avenida Miguel Rosa foi captada pelas câmeras de um dos postos de gasolina daquele cruzamento. As imagens foram demoradamente analisadas pela própria polícia, que chegou a ficar em dúvida se o veículo era prata ou branco.

O mais grave é que no dia 8 de setembro, ao chegar à sede da Comissão Investigadora do Crime Organizado, o advogado da família de Fernanda, Lucas Villa, viu um carro idêntico ao das imagens captadas e analisadas pela Polícia, saindo, bem em frente ao portão daquela repartição policial e ninguém soube explicar como o veículo desaparecera de repente, nem ao menos o que seu condutor estava fazendo no local.

Imagem: Manuela Coelho/GP1Delegado James Guerra.(Imagem:Manuela Coelho/GP1)Delegado James Guerra.

Documento

O GP1 conseguiu de uma fonte segura da própria polícia informação de que o advogado Lucas Villa considerou o episódio tão importante que fez uma petição ao comando da comissão em que relaciona oito pedidos, e narra o episódio da seguinte maneira:

- Este causídico tem conhecimento de que automóvel do tipo fox, cor prata, sem calotas e com suporte para bagagem, teria aparecido em imagens de câmeras de segurança, seguindo o automóvel de Fernanda Lages em direção ao local do crime. É sabido, também, por este causídico, que a policia esteve empenhada na busca desse veículo.

-Na data de 08 de setembro de 2011, às 9h26min, quando o causídico que subscreve esta petição chegava à Cico para acompanhar depoimentos, viu, saindo daquele local, como se tivesse estacionado em frente, automóvel com idêntica descrição e cuja placa, vista de relance, parecia ser .......O causídico não se consternou, pois jamais imaginou que o veículo buscado pela policia estaria embaixo de seu nariz e esta desconheceria o fato. O que se imaginou era que o automóvel teria sido encontrado e seu proprietário estava saindo da Cico talvez por já ter prestado esclarecimentos.
Imagem: ReproduçãoLucas Villa(Imagem:Reprodução)Lucas Villa
-Qual não foi a estranheza quando, adentrando aquela comissão, este causídico questiona os delegados sobre o automóvel e estes demonstram desconhecer o fato de que mesmo se encontrava em frente ao local.A placa fornecida por este causídico foi consultada, no sistema Infoseg, e apontou para uma moto Honda Titan de cidade do interior do Maranhão, o que significa que estando a mesma correta, trata-se de placa fria.

-De lá para cá este causídico mais teve respostas sobre este carro ou qualquer diligência para localizá-lo.Assim, requer o mesmo seja dada a devida atenção a este evento que parece importante para o deslinde do crime pois a pessoa proprietária do carro com tão particular descrição não estaria, por coincidência, estacionada em frente à Cico se não guardasse nenhuma relação com os fatos investigados.
Imagem: Manuela Coelho/GP1Pais de Fernanda Lages bastante emocionados(Imagem:Manuela Coelho/GP1)Pais de Fernanda Lages bastante emocionados

Por que James negou ?

Até hoje não se sabe por que o delegado-geral negou a existência do carro nas imagens captadas pouco antes de Fernanda morrer. Esse fato surprendeu inclusive policiais graduados que de alguma forma participaram da investigação.

Na época em que as imagens foram captadas este portal divulgou o fato com exclusividade e a informação foi dada a este repórter por uma fonte de alta credibilidade.

Ontem à noite um policial que pediu que seu nome fosse preservado fez o seguinte comentário: "No sábado seguinte à morte de Fernanda, sem ter pelo menos o resultado do exame cadavérico, o James já dizia que a garota tinha se matado".

Procurado, o delegado James Guerra negou que tenha feito qualquer difusão da tese de suicidio e garantiu que no sábado seguinte à morte da estudante não forneceu essa versão para nenhum repórter ou para qualquer outra pessoa.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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