A demência é uma das doenças que mais preocupam o mundo moderno, afetando milhões de pessoas e impactando não apenas os pacientes, mas também suas famílias e cuidadores. No entanto, um dos métodos mais eficazes para prevenir e até mesmo retardar o avanço dessa condição está ao alcance de todos: a prática regular de atividade física.
Os exercícios físicos, principalmente os aeróbicos e os de força, promovem uma série de adaptações no cérebro que ajudam a prevenir a demência. Isso acontece por diversos mecanismos:
1.Aumento do fluxo sanguíneo cerebral
Durante a atividade física, há uma melhora significativa na circulação sanguínea, garantindo que o cérebro receba mais oxigênio e nutrientes essenciais para seu funcionamento e regeneração. Isso reduz o risco de morte neuronal e mantém as funções cognitivas ativas.

2.Produção do BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro)
O BDNF é uma proteína fundamental para a neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do cérebro de formar novas conexões e reparar danos. A prática regular de exercícios aumenta a produção dessa substância, melhorando a memória, o aprendizado e a proteção contra doenças neurodegenerativas.
3.Redução da inflamação e do estresse oxidativo
O envelhecimento cerebral está associado a processos inflamatórios crônicos e ao acúmulo de radicais livres, que danificam as células neurais. O exercício combate esses efeitos ao reduzir a inflamação e aumentar a produção de antioxidantes naturais no corpo.
Embora a demência ainda não tenha cura, a atividade física é um dos poucos tratamentos não medicamentosos que demonstram ser eficazes na desaceleração do seu progresso. Pacientes diagnosticados que se exercitam regularmente apresentam
1.Melhora da função cognitiva
A prática de exercícios estimula partes do cérebro responsáveis pela memória, linguagem e raciocínio, ajudando a preservar essas funções por mais tempo.
2.Redução da agitação e depressão
A demência está frequentemente associada a sintomas de depressão e ansiedade, e o exercício é um poderoso regulador do humor devido à liberação de endorfinas e serotonina.
3.Maior independência e qualidade de vida
Manter a força muscular e a coordenação motora ajuda na realização das atividades diárias, promovendo mais autonomia para o idoso.
O cérebro precisa de movimento tanto quanto o corpo. Manter-se ativo ao longo da vida não apenas reduz o risco de desenvolver demência, mas também melhora a qualidade de vida daqueles que já convivem com a doença.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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