Em um mundo ideal, governos e grandes corporações teriam como prioridade a saúde da população. No entanto, na realidade, a lógica do lucro dita as regras, e manter as pessoas doentes é um negócio extremamente rentável. A indústria farmacêutica, os hospitais privados e até mesmo os planos de saúde faturam bilhões anualmente porque a população está doente. Se todos fossem saudáveis, quem compraria remédios continuamente? Quem precisaria de tratamentos caros e consultas frequentes?
A medicina moderna avançou incrivelmente em tratamentos, mas a prevenção — que seria a solução mais eficaz e barata para muitas doenças — é frequentemente negligenciada. Afinal, se as pessoas adotassem um estilo de vida mais ativo, se alimentassem melhor e cuidassem da sua saúde mental, muitas das doenças crônicas que assolam a humanidade, como hipertensão, diabetes e problemas cardiovasculares, seriam drasticamente reduzidas. Isso significaria menos consumo de remédios, menos internações, menos cirurgias. E, consequentemente, menos lucro para aqueles que ganham com a doença.

O sedentarismo e a má alimentação são incentivados de maneira sutil. Empresas de fast food gastam milhões em publicidade, enquanto incentivos reais para a prática de atividade física são mínimos. Academias ao ar livre, ciclovias e espaços públicos para exercícios são investimentos irrisórios perto do que se gasta com tratamentos de doenças evitáveis. E mesmo quando há campanhas de saúde pública, muitas vezes elas não são tão incisivas quanto as estratégias de marketing das indústrias que lucram com os maus hábitos da população.
A verdade é que um povo saudável representa prejuízo para um sistema que se alimenta da doença. Por isso, a responsabilidade de mudar essa realidade está, em grande parte, nas mãos da própria população. É necessário questionar, buscar conhecimento e investir na própria saúde antes que seja tarde demais. Porque, para o sistema, você é mais valioso doente do que saudável.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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