Exercícios com pesos, também conhecidos como treinamento de resistência ou musculação, são altamente eficazes na redução do estado inflamatório do organismo, um fator chave no desenvolvimento de doenças como aterosclerose e câncer. A inflamação crônica é uma resposta do corpo a fatores estressantes como dieta inadequada, sedentarismo e estresse, e está associada ao acúmulo de placas nas artérias (aterosclerose) e ao desenvolvimento e progressão de diversos tipos de câncer.
O treinamento de resistência ajuda a combater a inflamação de várias maneiras. Primeiramente, ele aumenta a massa muscular e reduz a gordura corporal. O excesso de gordura, especialmente a gordura visceral, é um grande produtor de citocinas pró-inflamatórias, que perpetuam o estado inflamatório. Ao reduzir a gordura corporal, o treinamento com pesos diminui a produção dessas substâncias inflamatórias.
Além disso, os exercícios com pesos promovem a liberação de miocinas, que são proteínas anti-inflamatórias produzidas pelos músculos durante a contração. Essas miocinas têm um efeito benéfico em todo o corpo, ajudando a reduzir a inflamação sistêmica e melhorando a saúde cardiovascular e metabólica.
Estudos mostram que o treinamento de resistência melhora a sensibilidade à insulina, reduz os níveis de glicose no sangue e melhora o perfil lipídico, fatores que contribuem para a redução da inflamação crônica. A sensibilidade à insulina melhorada significa que o corpo utiliza a glicose de maneira mais eficiente, reduzindo o estresse inflamatório associado à hiperglicemia e à resistência à insulina.
Portanto, a inclusão de exercícios com pesos na rotina de atividades físicas é uma estratégia eficaz não apenas para o fortalecimento muscular e a melhora da composição corporal, mas também para a redução da inflamação crônica. Essa redução é essencial para a prevenção de doenças graves como aterosclerose e câncer, tornando o treinamento de resistência uma ferramenta valiosa para a promoção da saúde e longevidade.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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