O Departamento Estadual de Repressão aos Narcóticos (DENARC) indiciou um grupo criminoso de 17 pessoas, identificadas como Ricardo Soares de Carvalho, Lucas Fernandes Bezerra Monteiro, Patrick Magalhães Barroso, Cleovitor Leal do Nascimento; Erick Anderson Alencar Queiroz, Kaio Sol Cardoso do Nascimento; João Pedro Pereira da Silva, Gleyson Hygo dos Santos Veloso, Gracindo Máximo de Andrade Júnior, Luis Antônio Eduardo de Sousa Alves, João Henrique Pereira da Silva, Thiago da Silva Carvalho, Yuri Torres Freitas, Larissa Karoline Oliveira Santiago, Marcelo Vasconcelos Mesquita, Sérgio Gabriel Cavalcante Matos e Renata de Araújo Carvalho, pelos crimes de tráfico de drogas sintéticas, que eram enviadas pelos Correios, e associação para o tráfico.
O relatório de indiciamento, ao qual a Coluna obteve acesso com exclusividade, foi assinado em 16 de outubro de 2024.
A investigação teve início a partir da prisão em flagrante de Ricardo Soares de Carvalho, em setembro de 2021, ocasião em que os policiais apreenderam skunk, variação da maconha (Cannabis Sativa Lineu), com maior potência alucinógena, além de cocaína. Durante o levantamento, houve ainda a constatação de comércio de MDMA (Metilenodioximetanfetamina), NBOH, LSD. Narcóticos sintéticos de alto valor comercial.
A partir do relatório de extração do aparelho celular de Ricardo Soares de Carvalho, descobriu-se uma verdadeira rede de tráfico de entorpecentes, que demonstrou a associação de várias pessoas que participavam de um grupo no WhatsApp, onde efetuavam a divisão dos valores da compra de narcóticos com a finalidade de traficá-los.
Como funcionava o esquema
Para operacionalizar o sofisticado esquema de tráfico de drogas, os investigados se utilizavam de empresas de transporte e dos Correios para receberem os entorpecentes enviados de outros estados, sobretudo, skunk, LSD e Ecstasy. Após recebimento, o grupo dividia os entorpecentes entre si com o intuito de traficá-los, chegando até mesmo a trocar entorpecentes de tipos diferentes. Dessa forma, eles adquiriram na modalidade consórcio, onde compram conjuntamente os entorpecentes para fins de comércio (compra/venda), entrega, transporte e guarda.
Para a Polícia Civil, não há dúvidas de que os indiciados são autores dos referidos delitos, uma vez que foi instaurado inquérito policial, havendo em seu bojo relatório de extração de aparelho celular autorizado judicialmente, dentre outros documentos que corroboram o resultado finalizado pela investigação policial.
As diligências executadas constataram a materialidade dos crimes se dá pelo conteúdo das conversas, fotografias e pelo próprio auto de apreensão quando do cumprimento do mandado de busca e apreensão no imóvel de Ricardo Soares de Carvalho, uma vez que foram apreendidas substâncias entorpecentes, caderno de anotações, recipientes para guarda de drogas, vinculando-se os indiciados uns aos outros quanto ao crime de tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Rapidinhas
Motorista que trazia drogas de Manaus para Teresina é preso
Foi preso na última sexta-feira, 1º de novembro, um dos motoristas responsáveis pelo envio de drogas da facção Família do Norte, em Manaus (AM), para membros do Bonde dos 40, em Teresina-PI.
A prisão de Jaime Machado Costa Filho aconteceu no município de Imperatriz-MA, onde o Departamento Estadual de Repressão ao Narcóticos interceptou uma carga com 300kg de drogas, em janeiro deste ano, que futuramente desencadearia a Operação DENARC 60, responsável por desarticular um grupo criminosos responsável por tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.
Líder de esquema de envio de drogas da Bolívia tentou negociar apresentação
A defesa de Leandro Santos Chaves, acusado de integrar a facção criminosa denominada Família do Norte, originária do Amazonas, responsável pelo envio de entorpecentes da Bolívia para Teresina, tentou negociar a apresentação do foragido da Justiça, mas as tratativas não avançaram.
Leandro está foragido da Justiça, desde a deflagração da Operação DENARC 60, desencadeada no último dia 18 de outubro deste ano, que desarticulou um grupo que utilizava veículos tradicionais, como carros, bem como caminhões, que eram adaptados por profissionais especializados em mecânica automotiva, a fim de fazer com que as drogas oriundas da região Norte do país fossem acondicionadas de modo a não chamar atenção da fiscalização e, assim, chegassem ao destino final, que era Teresina, no Piauí.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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